Um dos títulos proféticos do Messias é o de “Maravilhoso Conselheiro” (Is. 9:6). A imparcialidade e sabedoria nas respostas de Jesus maravilhavam os ouvintes. Foi assim nas questões do tributo a César (Mt. 22:17-22), do Sábado (Mt. 12:10, 11), da contaminação do homem (Mt. 15:1-20), do perdão (Mt.18:21, 22), da vida eterna (Mt. 19:16) etc. Deus enviou ao Cristo para aconselhar a humanidade à respeito do Seu amor e as boas novas de salvação.
Um conselho sábio pode nos aliviar da dúvida, da insônia, da depressão, do embaraço e da insegurança que assolam a existência. Bons conselhos são valiosos (Pv. 25:11), medicina para a alma (Pv. 16:24). Deus usou diversos conselheiros para guiar os homens nas veredas da justiça:
- Jetro (sogro de Moisés): Vendo a sobrecarga sobre o genro, aconselhou a eleger dentre o povo “homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza” para que julgassem os milhares de Israel (Ex. 18:13-27).
- Jó: Em seu discurso, lembra de como os que o ouviam esperavam o seu conselho e faziam silêncio para ouvi-lo (Jó 29:21). Imaginem o quanto foi aprimorado o conhecimento de Jó após a sua provação.
- Salomão: No início de seu reinado, Salomão representava a sabedoria divina (1 Rs. 3:16-28). Seus conselhos ajudaram o reino a crescer sobremaneira.
- Daniel: Depois de revelar o sonho do rei Nabucodonosor, Daniel o aconselhou a que abandonasse os seus pecados e iniqüidades, que fosse misericordioso com os pobres para, talvez, prolongar a sua tranquilidade (Dn.4:27). Em seu orgulho o rei não escutou ao seu conselheiro e Deus o humilhou, tornando-o como um animal do campo (Dn. 4).
Há uma característica a ser destacada nos grandes conselheiros do povo de Deus: Uma vida de temor e retidão diante dEle. Alguém que deseja ajudar os outros com palavras de orientação, primeiro deve buscar aprender e viver os conselhos divinos para evitar opiniões pessoais, instintivas ou preconceituosas. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is. 8:20). A Bíblia deve ser a única regra de fé e prática, nossas admoestações devem passar pelo seu crivo. É perigoso ouvir conselhos de incrédulos, mesmo que esses sejam familiares ou amigos próximos. E não somente incrédulos, como também crentes carnais ou ainda inexperientes.
Um caso na Bíblia que demonstra o estrago que um conselho irresponsável pode causar é descrito em Números 13, onde o Rei Roboão ao invés de seguir o conselho dos anciãos, preferiu ouvir aos jovens que haviam crescido com ele e o serviam. Enquanto os anciãos orientaram para que fosse benigno, agradável e de boas palavras, porque assim o povo o serviria para sempre; os jovens lhe disseram que fosse mais cruel e que falasse ao povo: “... meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões” (2 Cr. 10:10, 11). Roboão seguiu o conselho por afinidade, a conseqüência foi a divisão do Reino.
Paulo exorta: “instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria”, mas antes Ele deseja: “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo” (Cl. 3:16). O conhecimento das Escrituras e a iluminação do Espírito Santo nos habilitam a sermos canal de Deus entre a Igreja e no mundo. Deus ainda usa pessoas como eu e você como seus conselheiros, vamos nos dispor para a sua obra.
Pr. Alex Gadelhahttp://pralexgadelha.blogspot.com/ Tweet
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