Deu no Blog do Fernando Rodrigues
Para quem acha que temas religiosos invadiram a política brasileira na última eleição, nos EUA a coisa é muito mais profunda.
O governo do Kentucky (um dos 50 Estados dos EUA) comunicou que negocia com um grupo privado a construção de parque temático baseado na Bíblia. A informação foi divulgada em texto oficial (em inglês), com declarações do governador Steve Beshear, em 1°.dez.2010.
O empreendimento deve custar US$ 150 e se chamará “Ark Encounter” (“Encontro com a Arca”, em tradução livre). Entre as atrações, uma arca de Noé em grande escala, animais vivos, uma vila antiga do Oriente Médio e réplica da Torre de Babel.
“O parque deve gerar 900 empregos e US$ 250milhões em receita para o Kentucky”, diz o texto. A inauguração está prevista para 2014 e, nesse 1° ano de funcionamento, o governo espera receber 1,6 milhão de visitantes.
Parceiro do empreendimento é o grupo Ark Encounter LLC, conhecido pelo já inaugurado “Creation Museum” (em português, o “Museu da Criação”). “O museu traz as páginas da Bíblia à vida, elencando seus personagens e animais de forma dinâmica”, dia texto de apresentação no site do museu.
Tweet
Membro da Igreja Batista Regular da Fé - Mossoró/RN. Formado em Agronomia pela UFERSA e Direito pela UERN. Servidor do TRT da 21ª Região. Torcedor do Vasco. Comentários sobre vida cristã, família, esporte, música, política, direito e os assuntos que mais chamam a atenção na internet e na mídia no momento.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Processos judiciais interessantes
ROBERT RICE X CADEIA
2002 Draper (Estados Unidos) Vitória do réu
Condenado a uma pena de 15 anos por roubo, o americano Robert Rice entrou na Justiça alegando que o presídio violava seu direito de praticar sua religião – o vampirismo druida! Para exercer sua fé, Robert queria beber sangue e manter relações sexuais com uma vampira na cadeia!
A prisão se defendeu dizendo que ele tinha se identificado como católico quando foi preso – e que visitas íntimas são proibidas por lá. O tribunal negou o pedido sanguinário do cara.
MARTA ALMEIDA X CARROCINHA
2002 Belo Horizonte (Brasil)
Em 1997, a vira-lata Pretinha foi capturada pela carrocinha de Belo Horizonte e sacrificada antes do prazo de dois dias, previsto em lei. A dona da cadelinha exigiu indenização de 50 mil reais por danos morais. Ela perdeu a causa na justiça estadual, mas recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do Brasil!
A dona de Pretinha teve mais cinco casos no STF. Em um deles, ela processava o condomínio onde mora por violação de correspondência.
WANDA HUDSON X ARMAZÉM PARKWAY
2001 Mobile (Estados Unidos) Vitória da reclamante
Depois de ser despejada de casa, a americana Wanda Hudson resolveu guardar suas coisas no armazém Parkway. Mas a gerente do armazém viu a porta aberta e a trancou, pensando que não havia ninguém lá dentro. Wanda ficou presa por 63 dias comendo o rango enlatado do depósito. Perdeu 70 dos seus 150 quilos!
A pedida inicial de Wanda era de 10 milhões de dólares, mas ela acabou levando apenas 100 mil. Tudo porque o júri concluiu que Wanda também foi culpada pelo incidente. Afinal ela não gritou por socorro enquanto esteve presa…
PHILIP SHAFER X DELTA AIRLINES
2002 Ashland (Estados Unidos)
O advogado Philip Shafer estava processando a Delta Airlines por ter lhe vendido um assento no avião ao lado de um homem gordo. Durante as duas horas do vôo entre New Orleans e Cincinnati, ele se sentiu “casado” com o rolha de poço, porque os dois ficaram unidos do joelho ao ombro.
Ele alegava que a Delta não lhe deu conforto, deixando-o “angustiado”. Seu pedido: 9 500 dólares.
POLÍCIA X EMPRESA TASER
2002 Madera (Estados Unidos) Vitória do réu
Para conter um suspeito nervosinho em sua viatura, a policial Marcy Noriega quis usar uma arma paralisante que inibe os movimentos com choques elétricos. Só que a infeliz se enganou, pegou sua arma de verdade e mandou bala no rapaz, que morreu na hora. A polícia da cidade pôs a culpa na empresa Taser, fabricante da pistola paralisante. Segundo os tiras, a arma de mentira parece muito com uma de verdade e “confunde” os policiais.
A Justiça inocentou a empresa. A arma paralisante pesa a metade de uma arma de verdade, tem um cano duas vezes maior e listras adesivas amarelas pra não ser confundida! Tweet
2002 Draper (Estados Unidos) Vitória do réu
Condenado a uma pena de 15 anos por roubo, o americano Robert Rice entrou na Justiça alegando que o presídio violava seu direito de praticar sua religião – o vampirismo druida! Para exercer sua fé, Robert queria beber sangue e manter relações sexuais com uma vampira na cadeia!
A prisão se defendeu dizendo que ele tinha se identificado como católico quando foi preso – e que visitas íntimas são proibidas por lá. O tribunal negou o pedido sanguinário do cara.
MARTA ALMEIDA X CARROCINHA
2002 Belo Horizonte (Brasil)
Em 1997, a vira-lata Pretinha foi capturada pela carrocinha de Belo Horizonte e sacrificada antes do prazo de dois dias, previsto em lei. A dona da cadelinha exigiu indenização de 50 mil reais por danos morais. Ela perdeu a causa na justiça estadual, mas recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do Brasil!
A dona de Pretinha teve mais cinco casos no STF. Em um deles, ela processava o condomínio onde mora por violação de correspondência.
WANDA HUDSON X ARMAZÉM PARKWAY
2001 Mobile (Estados Unidos) Vitória da reclamante
Depois de ser despejada de casa, a americana Wanda Hudson resolveu guardar suas coisas no armazém Parkway. Mas a gerente do armazém viu a porta aberta e a trancou, pensando que não havia ninguém lá dentro. Wanda ficou presa por 63 dias comendo o rango enlatado do depósito. Perdeu 70 dos seus 150 quilos!
A pedida inicial de Wanda era de 10 milhões de dólares, mas ela acabou levando apenas 100 mil. Tudo porque o júri concluiu que Wanda também foi culpada pelo incidente. Afinal ela não gritou por socorro enquanto esteve presa…
PHILIP SHAFER X DELTA AIRLINES
2002 Ashland (Estados Unidos)
O advogado Philip Shafer estava processando a Delta Airlines por ter lhe vendido um assento no avião ao lado de um homem gordo. Durante as duas horas do vôo entre New Orleans e Cincinnati, ele se sentiu “casado” com o rolha de poço, porque os dois ficaram unidos do joelho ao ombro.
Ele alegava que a Delta não lhe deu conforto, deixando-o “angustiado”. Seu pedido: 9 500 dólares.
POLÍCIA X EMPRESA TASER
2002 Madera (Estados Unidos) Vitória do réu
Para conter um suspeito nervosinho em sua viatura, a policial Marcy Noriega quis usar uma arma paralisante que inibe os movimentos com choques elétricos. Só que a infeliz se enganou, pegou sua arma de verdade e mandou bala no rapaz, que morreu na hora. A polícia da cidade pôs a culpa na empresa Taser, fabricante da pistola paralisante. Segundo os tiras, a arma de mentira parece muito com uma de verdade e “confunde” os policiais.
A Justiça inocentou a empresa. A arma paralisante pesa a metade de uma arma de verdade, tem um cano duas vezes maior e listras adesivas amarelas pra não ser confundida! Tweet
Postado por
Blog do José Rebouças
às
quarta-feira, dezembro 01, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Indenizações no mínimo absurdas!
Stella Awards é um prêmio conferido anualmente aos casos mais bizarros
de processos judiciais nos Estados Unidos. O prêmio tem este nome em
homenagem a Stella Liebeck, que derrubou café quente no colo e
processou, com sucesso, o McDonald´s, recebendo quase 3 milhões de
dólares de indenização.
Desde então, o Stella Awards existe como uma instituição independente,
publicando - e "premiando" - os casos de maior abuso do já folclórico
sistema legal norte-americano.
Os vencedores foram:
6º. Lugar (empatado): Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu
780.000,00 US$ de indenização de uma loja de móveis, por ter tropeçado
numa criancinha que corria solta pela loja e quebrado o tornozelo. Até
aí, quase compreensível, se a criança descontrolada em questão não fosse
o próprio filho da sra. Robertson.
5o. lugar (empatado): Terrence Dickinson, de Bristol, Pennsylvania,
estava saindo pela garagem de uma casa que tinha acabado de roubar. Ele
não conseguiu abrir a porta da garagem, porque a automação estava com
defeito. Não conseguiu entrar de volta na casa porque a porta já tinha
fechado por dentro. A família estava de férias e o sr. Dickinson ficou
trancado na garagem por oito dias, comendo ração de cachorro e bebendo
pepsi de um engradado que encontrou por ali. Ele processou o
proprietário da casa, alegando que a situação lhe causou profunda
angústia mental. Recebeu 500.000, 00 US$.
4º. Lugar: Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, foi indenizado com
14.500,00 US$, mais despesas médias, depois de ter sido mordido na bunda
pelo beagle do vizinho. O cachorro estava na coleira, do outro lado da
cerca, mas ainda assim reagiu com violência quando o Sr. Williams pulou
a cerca e atirou repetidamente contra ele com uma espingardinha de chumbo.
3º. Lugar: Um restaurante na Filadélfia foi condenado a pagar 113.500,00
US$ de indenização a Amber Carson, de Lancaster, Pennsylvania, após ela
ter escorregado e quebrado o cóccix. O chão estava molhado porque,
segundos antes, a própria Amber Carson havia atirado um copo de
refrigerante no seu namorado, durante uma discussão.
2º. Lugar: Kara Walton, de Claymont, Delaware, processou o proprietário
de uma casa noturna da cidade vizinha, por ter caído da janela do
banheiro quebrado os dois dentes da frente. Ela estava tentando escapar
do bar sem ter que pagar o couvert (de 3,50 US$). Recebeu 12.000,00 US$,
mais despesas dentárias.
1º. Lugar: o grande vencedor do ano foi o sr. Merv Grazinski, de
Oklahoma Cty, Oklahoma. O Sr. Grazinski havia recém comprado um
Motorhome Winnebago Automático e estava voltando sozinho de um jogo de
futebol, realizado em outra cidade. Na estrada, ele marcou o piloto
automático do carro para 100 km/h, abandonou o banco do motorista e foi
para a traseira do veículo preparar um café. Quase como era de se
esperar, o veículo saiu da estrada, bateu e capotou. O sr. Grazinski
processou a Winnebago por não explicar no manual que o piloto automático
não permitia que o motorista abandonasse a direção. O júri concedeu a
indenização de 1.750.000,00 US$, mais um novo Motorhome Winnebago . A
companhia mudou todos os manuais de proprietário a partir deste
processo, para o caso de algum outro retardado mental comprar seus carros.
Postado por
Blog do José Rebouças
às
quarta-feira, dezembro 01, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Curiosidades,
Direito
'Alguns choravam', diz pastor que negociou rendição de traficantes
Do Último Segundo
Evangélico que acompanhou líder do AfroReggae no Complexo do Alemão defende anistia como forma de resolver confrontos no Rio
Flávia Salme, iG Rio de Janeiro | 01/12/2010 04:51
Na véspera da invasão da polícia ao Complexo do Alemão, um grupo de cinco pessoas da ONG AfroReggae decidiu subir o conjunto de 14 favelas na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, e tentar convencer os traficantes a se entregarem. Liderados pelo diretor-executivo da organização, José Junior, eles argumentaram que a polícia venceria um possível confronto e que inocentes seriam as maiores vítimas. Ao lado de Junior estava um dos coordenadores da área social da entidade, Rogério Menezes, respeitado por traficantes, viciados e detentos do sistema penitenciário do Estado.
Evangelizador da Assembleia de Deus, Rogério é chamado de pastor. Em meio à negociação com os criminosos, no sábado (27), José Junior recorria ao Twitter para mandar informações em tempo real. "Pastor Rogério é o cara que mais salvou vidas que eu conheço. Muitas, inclusive, na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Homem de Deus", escreveu o líder do AfroReggae na ocasião.
ciado, pastor Rogério admite que já traficou drogas, pegou em armas e cometeu crimes. Foi preso. Sobreviveu a duas overdoses de cocaína, até receber um "sinal" e "ser salvo por Jesus". Hoje, ele diz que sua vida pregressa o permite compreender o que passa pela cabeça de criminosos e apresentar argumentos para tirar muitos da marginalidade. "Já salvei uns 300 que estavam amarrados para morrer", garante. Sobre a ação de retomada do Complexo do Alemão pelo Estado, o pastor diz acreditar "que a intenção foi uma das melhores". Segundo ele, "o governador tem feito um trabalho muito bom". Contudo, o religioso defende que somente uma anistia aos traficantes será capaz de pôr fim à ameaça de guerra no Rio. "Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares e pela Justiça."
A seguir, leia mais sobre o que pensa o pastor.
iG: Às vésperas da polícia invadir a favela, no sábado (27), o senhor e o José Junior entraram no Complexo do Alemão para conversar com os traficantes. Na sua avaliação, esse gesto ajudou a evitar derramamento de sangue?
Rogério Menezes – Sim. Eu e o José Junior estávamos todo o tempo juntos. Ele virava para mim e falava "pô, Rogério, o que a gente pode fazer para ajudar?". Eu respondia: "Junior, eu sei que é perigoso e arriscado, mas imagina se a polícia entrar? Vai morrer muita gente. Temos de ir lá". Expliquei que o máximo que poderia acontecer era a gente ser tomado como refém. Falei: "Deus está nos mandando ir".
iG: O que o senhor pensava naquele momento?
Rogério Menezes - Pelas informações divulgadas pelas autoridades, havia ali mais de mil pessoas com algum envolvimento com o crime. Se houvesse confronto, eles iriam enfrentar, como foi noticiado, 2.600 policiais civis, militares, homens do Exército e da Marinha. Sem contar os inocentes, os jornalistas, imagina o derramamento de sangue que poderia existir... Eu só pensava nisso.
iG: Como vocês chegaram até os traficantes?
Rogério Menezes – Entramos na favela e perguntamos onde eles estavam. Nos orientaram a chegar até a parte mais alta. Encontramos um grupo de cerca de 60 homens, os mais perigosos. Conversamos olho no olho.
iG: E como foi a conversa?
Rogério Menezes – Eles vieram até a gente. Estavam cansados, sem forças até para falar. Nós argumentamos que não dava para eles encararem. E muitos diziam "pastor, me ajuda. Pelo amor de Deus. O que o senhor pode fazer por mim?" O José Junior respondeu que não havia nada que a gente pudesse fazer e que o melhor seria se renderem à polícia; que a única garantia que a gente podia dar era a de que ninguém seria assassinado se aceitasse a rendição.
iG: E eles estavam inclinados a aceitar a proposta?
Rogério Menezes – Um dos chefões virou para mim e falou: "Pastor, o senhor me conhece. Sabe que a minha vida todinha eu tirei dentro da cadeia. O senhor quer que eu volte?" Respondi: "Rapaz, é melhor você se entregar do que ser morto. Você tem uma vida, tem família. Pensa muito bem no que você vai fazer."
iG: E qual foi a reação?
Rogério Menezes – Muitos deles estavam desesperados, amedrontados. Alguns tremiam, estavam com os olhos arregalados. Outros olhavam para a gente como se fôssemos uma saída, um porto seguro. E a gente foi tentando acalmá-los. Mas eles diziam que era complicado se entregar. Em determinadas facções, se entregar é complicado. Eu sei disso. Hoje sou pastor, mas já fui do crime. Entendo a posição deles. Mas é aquele negócio, para o homem é impossível, mas para Deus tudo é possível.
iG: Quer dizer que alguns queriam se render, mas tinham medo de ser assassinados na cadeia por retaliação da facção criminosa a que pertencem?
Rogério Menezes – É por aí. Cada caso é um caso. Depois dessa conversa que tivemos com eles, 37 se entregaram. Um se apresentou na delegacia com a mãe, a imprensa acompanhou. É o Mister M. Teve um pai que foi entregar o filho por acreditar que isso era melhor do que vê-lo morto pelo Bope. Acredito que eles não viam saída. Eu e o José Junior os motivamos a não irem para o confronto. Ninguém imaginava que o Alemão poderia ser ocupado da forma como foi. O maior mérito foi de Deus. Mas há também o mérito do AfroReggae, do José Junior, que foi muito corajoso.
iG: Qual foi o diálogo com os traficantes que mais marcou o senhor?
Rogério Menezes – Vi homens de alta periculosidade me chamarem no canto e se abrirem para mim e para o José Junior. Teve gente que chorou na nossa frente. Não de medo. Chorou porque não queria o confronto, porque tinha família. Ele estava se sentindo traído por amigos que o deixaram na mão. Foi o momento que mais me compadeceu. Eu ficaria o tempo todo ao lado daquelas pessoas, ainda que a polícia entrasse.
iG: Nesse grupo havia chefes do tráfico?
Rogério Menezes – Positivo. Mas não vou falar disso em detalhes. Meu trabalho é religioso e eles confiam em mim. Quero apenas afirmar que eles não queriam guerra.
iG: Quem falou mais, os senhores ou os traficantes?
Rogério Menezes – Eles ficaram mais tempo calados. Queriam ouvir a gente, queriam uma luz. Eles não estavam conversando com traficantes, mas com pessoas que simbolizavam a paz, a vida. Tem pessoas ali que me conhecem desde 1993, quando comecei a pregar. Muitos eu vi ir para a cadeia, sair da cadeia, visitei na favela. Havia homens com armas nas mãos, mas os que conversavam com a gente não estavam armados. Em momento algum eles diziam que iriam meter bala ou que optariam pelo confronto. Isso eu não vi.
iG: O senhor diz que muitos traficantes não querem se render porque temem retaliações de colegas de facção dentro da cadeia; outros que já ficaram muito tempo presos e não aceitam voltar. A polícia afirma que vai permanecer na favela até realizar as prisões e recuperar as armas. O senhor defende alguma proposta para que não aconteçam novos conflitos?
Rogério Menezes – Sou a favor da anistia. Converso muito com traficantes e com viciados, visito muita boca de fumo. Eu evangelizo muito. Faço um trabalho de Deus, um trabalho do bem, espiritual. Já tirei muitos dessa vida e encaminhei para um emprego. E já vi caso também de pessoas que largaram o crime, se mudaram para outro estado, mas não conseguiram emprego porque devem à Justiça. Tiveram de voltar e retornar para o crime, tinham família. Mas eles me diziam "pastor, o senhor viu que tentei. Voltei para o tráfico, mas não bebo, não me drogo mais, nem a baile funk eu vou. Vai acabar meu plantão na boca e vou para casa ficar com meus filhos".
iG: O senhor não acha difícil propor para a sociedade que essas pessoas sejam anistiadas sem pagar pelos crimes que cometeram?
Rogério Menezes – É muito difícil responder sobre isso. Como religioso, acho que o culpado disso tudo são as forças espirituais do mal. Vou dar um testemunho da minha vida. Eu trabalhava, ganhava bem, três salários mínimos. Não era de uma vida errada. Mas em um determinado momento me senti sem chão. Tudo começou quando perdi meu pai. Minha mãe arrumou outro homem logo em seguida e eu não aceitei. Ela então me expulsou de casa. Eu tinha 16 anos. Bateu uma depressão tão grande, que perdi meu emprego, não conseguia trabalhar. Era morador da Baixada Fluminense, morava numa comunidade carente, conhecia bandido, conhecia traficante, mas eu era trabalhador. Nem todo mundo que mora dentro de uma comunidade é bandido. Minha família me deu estudo, o melhor que pôde dar. Mas eu caí na vida do crime, me entreguei à bebida, às drogas, fui preso. Houve momentos em que me vi sentado, chorando, querendo sair dessa. Eu despertei, procurei uma casa de recuperação. Tive apoio.
iG: Apesar da visão religiosa do senhor, a anistia não é uma proposta polêmica?
Rogério Menezes – Cada caso é um caso. Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares, pela Justiça. Caso a caso, insisto. Mas, particularmente, eu acredito que num universo com 100% de criminosos, se você oferecer uma oportunidade pelo menos 40% aceitam largar essa vida. É preciso considerar que muitos temem por suas famílias. Se forem presos, quem vai sustentar suas mulheres, seus filhos? Tem que haver um projeto social também.
iG: Muitos bandidos fugiram e a polícia diz que vai capturá-los. O senhor acredita que esses traficantes vão voltar para o Complexo do Alemão futuramente? Ainda pode haver enfrentamento?
Rogério Menezes – Acredito que muitos homens que estavam ali no meio, inclusive os que fugiram, não têm antecedentes criminais. Às vezes até segura uma arma, mas é só um viciado. A polícia tem feito seu trabalho. E cabe à polícia e ao governo continuarem a fazer o seu trabalho. Contudo, também acredito que aquilo ali foi a mão de Deus a fim de despertar esses jovens. Acredito que muitos vão analisar e ver que não vale a pena se envolver com o crime. É a resposta que posso dar para essa pergunta.
iG: O senhor está certo da recuperação dessas pessoas?
Rogério Menezes – Vou dar um exemplo. Trabalha com a gente lá no AfroReggae o Gaúcho. Durante muitos anos ele foi o chefe do Alemão, era um dos mais temidos na área. Ele tirou 28 anos de cadeia e hoje está aí, fora do crime, trabalhando com carteira assinada. Isso é a prova de que enquanto há vida, há esperança. O Bem-te-vi, aquele que morreu na Rocinha, ele vivia me dizendo que queria sair do crime. Eu ia para lá pregar umas sete da noite e ele não me deixava ir embora antes das três, quatro horas da manhã. Ele tinha o prazer de estar do meu lado. Muitas vezes o vi chorar. Ele me dizia "pastor, me ajuda. Quero sair dessa vida, mas não tenho forças. A sociedade me marginaliza, não acredita em mim". Eu dizia, "rapaz, o mais importante é Deus estar olhando para você. Deus tem um plano para sua vida. Você não pode se entregar à criminalidade".
iG: Por que evangélicos são tão respeitados pelos criminosos?
Rogério Menezes – No sábado, na hora em que a polícia se posicionou para invadir o Complexo do Alemão, tinha um pastor na entrada da favela de terno e com a Bíblia na mão. Estava ele e a mulher dele. Aliás, havia mais de um, eram muitos. Eles ficaram entre os militares da polícia, do Exército e da Marinha, e os jovens. E eles procuravam esses jovens e diziam para que saíssem dessa vida. Ofereciam apoio: "quer se entregar comigo?", perguntavam. No momento mais difícil, havendo risco de vida, eles estavam ali. E tem os testemunhos daqueles que saíram do crime e hoje estão aí, vivendo com dignidade. Isso mostra para eles que é possível. Tweet
Evangélico que acompanhou líder do AfroReggae no Complexo do Alemão defende anistia como forma de resolver confrontos no Rio
Flávia Salme, iG Rio de Janeiro | 01/12/2010 04:51
Na véspera da invasão da polícia ao Complexo do Alemão, um grupo de cinco pessoas da ONG AfroReggae decidiu subir o conjunto de 14 favelas na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, e tentar convencer os traficantes a se entregarem. Liderados pelo diretor-executivo da organização, José Junior, eles argumentaram que a polícia venceria um possível confronto e que inocentes seriam as maiores vítimas. Ao lado de Junior estava um dos coordenadores da área social da entidade, Rogério Menezes, respeitado por traficantes, viciados e detentos do sistema penitenciário do Estado.
Evangelizador da Assembleia de Deus, Rogério é chamado de pastor. Em meio à negociação com os criminosos, no sábado (27), José Junior recorria ao Twitter para mandar informações em tempo real. "Pastor Rogério é o cara que mais salvou vidas que eu conheço. Muitas, inclusive, na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Homem de Deus", escreveu o líder do AfroReggae na ocasião.
ciado, pastor Rogério admite que já traficou drogas, pegou em armas e cometeu crimes. Foi preso. Sobreviveu a duas overdoses de cocaína, até receber um "sinal" e "ser salvo por Jesus". Hoje, ele diz que sua vida pregressa o permite compreender o que passa pela cabeça de criminosos e apresentar argumentos para tirar muitos da marginalidade. "Já salvei uns 300 que estavam amarrados para morrer", garante. Sobre a ação de retomada do Complexo do Alemão pelo Estado, o pastor diz acreditar "que a intenção foi uma das melhores". Segundo ele, "o governador tem feito um trabalho muito bom". Contudo, o religioso defende que somente uma anistia aos traficantes será capaz de pôr fim à ameaça de guerra no Rio. "Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares e pela Justiça."
A seguir, leia mais sobre o que pensa o pastor.
iG: Às vésperas da polícia invadir a favela, no sábado (27), o senhor e o José Junior entraram no Complexo do Alemão para conversar com os traficantes. Na sua avaliação, esse gesto ajudou a evitar derramamento de sangue?
Rogério Menezes – Sim. Eu e o José Junior estávamos todo o tempo juntos. Ele virava para mim e falava "pô, Rogério, o que a gente pode fazer para ajudar?". Eu respondia: "Junior, eu sei que é perigoso e arriscado, mas imagina se a polícia entrar? Vai morrer muita gente. Temos de ir lá". Expliquei que o máximo que poderia acontecer era a gente ser tomado como refém. Falei: "Deus está nos mandando ir".
iG: O que o senhor pensava naquele momento?
Rogério Menezes - Pelas informações divulgadas pelas autoridades, havia ali mais de mil pessoas com algum envolvimento com o crime. Se houvesse confronto, eles iriam enfrentar, como foi noticiado, 2.600 policiais civis, militares, homens do Exército e da Marinha. Sem contar os inocentes, os jornalistas, imagina o derramamento de sangue que poderia existir... Eu só pensava nisso.
iG: Como vocês chegaram até os traficantes?
Rogério Menezes – Entramos na favela e perguntamos onde eles estavam. Nos orientaram a chegar até a parte mais alta. Encontramos um grupo de cerca de 60 homens, os mais perigosos. Conversamos olho no olho.
iG: E como foi a conversa?
Rogério Menezes – Eles vieram até a gente. Estavam cansados, sem forças até para falar. Nós argumentamos que não dava para eles encararem. E muitos diziam "pastor, me ajuda. Pelo amor de Deus. O que o senhor pode fazer por mim?" O José Junior respondeu que não havia nada que a gente pudesse fazer e que o melhor seria se renderem à polícia; que a única garantia que a gente podia dar era a de que ninguém seria assassinado se aceitasse a rendição.
iG: E eles estavam inclinados a aceitar a proposta?
Rogério Menezes – Um dos chefões virou para mim e falou: "Pastor, o senhor me conhece. Sabe que a minha vida todinha eu tirei dentro da cadeia. O senhor quer que eu volte?" Respondi: "Rapaz, é melhor você se entregar do que ser morto. Você tem uma vida, tem família. Pensa muito bem no que você vai fazer."
iG: E qual foi a reação?
Rogério Menezes – Muitos deles estavam desesperados, amedrontados. Alguns tremiam, estavam com os olhos arregalados. Outros olhavam para a gente como se fôssemos uma saída, um porto seguro. E a gente foi tentando acalmá-los. Mas eles diziam que era complicado se entregar. Em determinadas facções, se entregar é complicado. Eu sei disso. Hoje sou pastor, mas já fui do crime. Entendo a posição deles. Mas é aquele negócio, para o homem é impossível, mas para Deus tudo é possível.
iG: Quer dizer que alguns queriam se render, mas tinham medo de ser assassinados na cadeia por retaliação da facção criminosa a que pertencem?
Rogério Menezes – É por aí. Cada caso é um caso. Depois dessa conversa que tivemos com eles, 37 se entregaram. Um se apresentou na delegacia com a mãe, a imprensa acompanhou. É o Mister M. Teve um pai que foi entregar o filho por acreditar que isso era melhor do que vê-lo morto pelo Bope. Acredito que eles não viam saída. Eu e o José Junior os motivamos a não irem para o confronto. Ninguém imaginava que o Alemão poderia ser ocupado da forma como foi. O maior mérito foi de Deus. Mas há também o mérito do AfroReggae, do José Junior, que foi muito corajoso.
iG: Qual foi o diálogo com os traficantes que mais marcou o senhor?
Rogério Menezes – Vi homens de alta periculosidade me chamarem no canto e se abrirem para mim e para o José Junior. Teve gente que chorou na nossa frente. Não de medo. Chorou porque não queria o confronto, porque tinha família. Ele estava se sentindo traído por amigos que o deixaram na mão. Foi o momento que mais me compadeceu. Eu ficaria o tempo todo ao lado daquelas pessoas, ainda que a polícia entrasse.
iG: Nesse grupo havia chefes do tráfico?
Rogério Menezes – Positivo. Mas não vou falar disso em detalhes. Meu trabalho é religioso e eles confiam em mim. Quero apenas afirmar que eles não queriam guerra.
iG: Quem falou mais, os senhores ou os traficantes?
Rogério Menezes – Eles ficaram mais tempo calados. Queriam ouvir a gente, queriam uma luz. Eles não estavam conversando com traficantes, mas com pessoas que simbolizavam a paz, a vida. Tem pessoas ali que me conhecem desde 1993, quando comecei a pregar. Muitos eu vi ir para a cadeia, sair da cadeia, visitei na favela. Havia homens com armas nas mãos, mas os que conversavam com a gente não estavam armados. Em momento algum eles diziam que iriam meter bala ou que optariam pelo confronto. Isso eu não vi.
iG: O senhor diz que muitos traficantes não querem se render porque temem retaliações de colegas de facção dentro da cadeia; outros que já ficaram muito tempo presos e não aceitam voltar. A polícia afirma que vai permanecer na favela até realizar as prisões e recuperar as armas. O senhor defende alguma proposta para que não aconteçam novos conflitos?
Rogério Menezes – Sou a favor da anistia. Converso muito com traficantes e com viciados, visito muita boca de fumo. Eu evangelizo muito. Faço um trabalho de Deus, um trabalho do bem, espiritual. Já tirei muitos dessa vida e encaminhei para um emprego. E já vi caso também de pessoas que largaram o crime, se mudaram para outro estado, mas não conseguiram emprego porque devem à Justiça. Tiveram de voltar e retornar para o crime, tinham família. Mas eles me diziam "pastor, o senhor viu que tentei. Voltei para o tráfico, mas não bebo, não me drogo mais, nem a baile funk eu vou. Vai acabar meu plantão na boca e vou para casa ficar com meus filhos".
iG: O senhor não acha difícil propor para a sociedade que essas pessoas sejam anistiadas sem pagar pelos crimes que cometeram?
Rogério Menezes – É muito difícil responder sobre isso. Como religioso, acho que o culpado disso tudo são as forças espirituais do mal. Vou dar um testemunho da minha vida. Eu trabalhava, ganhava bem, três salários mínimos. Não era de uma vida errada. Mas em um determinado momento me senti sem chão. Tudo começou quando perdi meu pai. Minha mãe arrumou outro homem logo em seguida e eu não aceitei. Ela então me expulsou de casa. Eu tinha 16 anos. Bateu uma depressão tão grande, que perdi meu emprego, não conseguia trabalhar. Era morador da Baixada Fluminense, morava numa comunidade carente, conhecia bandido, conhecia traficante, mas eu era trabalhador. Nem todo mundo que mora dentro de uma comunidade é bandido. Minha família me deu estudo, o melhor que pôde dar. Mas eu caí na vida do crime, me entreguei à bebida, às drogas, fui preso. Houve momentos em que me vi sentado, chorando, querendo sair dessa. Eu despertei, procurei uma casa de recuperação. Tive apoio.
iG: Apesar da visão religiosa do senhor, a anistia não é uma proposta polêmica?
Rogério Menezes – Cada caso é um caso. Proponho que essa decisão seja avaliada pelo governo, pelos parlamentares, pela Justiça. Caso a caso, insisto. Mas, particularmente, eu acredito que num universo com 100% de criminosos, se você oferecer uma oportunidade pelo menos 40% aceitam largar essa vida. É preciso considerar que muitos temem por suas famílias. Se forem presos, quem vai sustentar suas mulheres, seus filhos? Tem que haver um projeto social também.
iG: Muitos bandidos fugiram e a polícia diz que vai capturá-los. O senhor acredita que esses traficantes vão voltar para o Complexo do Alemão futuramente? Ainda pode haver enfrentamento?
Rogério Menezes – Acredito que muitos homens que estavam ali no meio, inclusive os que fugiram, não têm antecedentes criminais. Às vezes até segura uma arma, mas é só um viciado. A polícia tem feito seu trabalho. E cabe à polícia e ao governo continuarem a fazer o seu trabalho. Contudo, também acredito que aquilo ali foi a mão de Deus a fim de despertar esses jovens. Acredito que muitos vão analisar e ver que não vale a pena se envolver com o crime. É a resposta que posso dar para essa pergunta.
iG: O senhor está certo da recuperação dessas pessoas?
Rogério Menezes – Vou dar um exemplo. Trabalha com a gente lá no AfroReggae o Gaúcho. Durante muitos anos ele foi o chefe do Alemão, era um dos mais temidos na área. Ele tirou 28 anos de cadeia e hoje está aí, fora do crime, trabalhando com carteira assinada. Isso é a prova de que enquanto há vida, há esperança. O Bem-te-vi, aquele que morreu na Rocinha, ele vivia me dizendo que queria sair do crime. Eu ia para lá pregar umas sete da noite e ele não me deixava ir embora antes das três, quatro horas da manhã. Ele tinha o prazer de estar do meu lado. Muitas vezes o vi chorar. Ele me dizia "pastor, me ajuda. Quero sair dessa vida, mas não tenho forças. A sociedade me marginaliza, não acredita em mim". Eu dizia, "rapaz, o mais importante é Deus estar olhando para você. Deus tem um plano para sua vida. Você não pode se entregar à criminalidade".
iG: Por que evangélicos são tão respeitados pelos criminosos?
Rogério Menezes – No sábado, na hora em que a polícia se posicionou para invadir o Complexo do Alemão, tinha um pastor na entrada da favela de terno e com a Bíblia na mão. Estava ele e a mulher dele. Aliás, havia mais de um, eram muitos. Eles ficaram entre os militares da polícia, do Exército e da Marinha, e os jovens. E eles procuravam esses jovens e diziam para que saíssem dessa vida. Ofereciam apoio: "quer se entregar comigo?", perguntavam. No momento mais difícil, havendo risco de vida, eles estavam ali. E tem os testemunhos daqueles que saíram do crime e hoje estão aí, vivendo com dignidade. Isso mostra para eles que é possível. Tweet
Postado por
Blog do José Rebouças
às
quarta-feira, dezembro 01, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Segurança,
Vida Cristã
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Entorno de Natal cresce mais que capital do RN
Dados revelados pelo IBGE demonstram que os municípios vizinhos a Natal crescem bem mais que a capital potiguar.
Desde o último censo, em 2000, o Brasil cresceu 12,33%, passando de 169.799.170 para 190.732.694 habitantes.
O crescimento do RN foi de 14,09%, passando de 2.776.782 para 3.168.133 habitantes.
Já a cidade de Natal, capital potiguar, cresceu abaixo da média do Estado, passando de 712.317 para 803.811 habitantes. Um crescimento de 12,84%.
Extremoz cresceu 25,34%.
São Gonçalo do Amarante aumentou 26,31%.
Macaíba 26,70%.
Parnamirim, por sua vez, cresceu incríveis 62,33%, passando de 124.690 para 202.413 habitantes. Tweet
Desde o último censo, em 2000, o Brasil cresceu 12,33%, passando de 169.799.170 para 190.732.694 habitantes.
O crescimento do RN foi de 14,09%, passando de 2.776.782 para 3.168.133 habitantes.
Já a cidade de Natal, capital potiguar, cresceu abaixo da média do Estado, passando de 712.317 para 803.811 habitantes. Um crescimento de 12,84%.
Extremoz cresceu 25,34%.
São Gonçalo do Amarante aumentou 26,31%.
Macaíba 26,70%.
Parnamirim, por sua vez, cresceu incríveis 62,33%, passando de 124.690 para 202.413 habitantes. Tweet
Postado por
Blog do José Rebouças
às
terça-feira, novembro 30, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Nacional
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Enquanto isso, os pobres mortais...
Deu na coluna Radar On-line
Todo cuidado é pouco
O Complexo do Alemão foi ocupado, mas todo cuidado é pouco: desde a semana passada, os três edifícios que abrigam a Globo no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro (dois na rua Jardim Botânico e o prédio-sede da rua Lopes Quintas, onde fica o alto comando da emissora), contam com um carro de polícia dando-lhes proteção.
Já foi pior: na quinta-feira passada, além do carro da polícia, havia três policiaiis com metralhadoras em punho.
Por Lauro Jardim
Tweet
Já foi pior: na quinta-feira passada, além do carro da polícia, havia três policiaiis com metralhadoras em punho.
Postado por
Blog do José Rebouças
às
segunda-feira, novembro 29, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
seu
Caos na educação
Deu na coluna Radar On-line
Estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria comparando o Brasil a outros onze países, como os demais Bric, África do Sul, México, Colômbia e Chile, traduz em números a difícil situação da educação no país.
O Brasil ficou em nono lugar no quesito qualidade do ensino. É o último colocado no desempenho dos estudantes em matemática, o penúltimo em ciências e o nono em leitura. A educação, área considerada estratégica para elevar a competitividade do país, será um dos temas debatidos no encontro nacional da indústria nesta semana, em São Paulo.
Por Lauro Jardim
Tweet
O Brasil ficou em nono lugar no quesito qualidade do ensino. É o último colocado no desempenho dos estudantes em matemática, o penúltimo em ciências e o nono em leitura. A educação, área considerada estratégica para elevar a competitividade do país, será um dos temas debatidos no encontro nacional da indústria nesta semana, em São Paulo.
Postado por
Blog do José Rebouças
às
segunda-feira, novembro 29, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Educação
Juiz proíbe governos de fazerem festas; Saúde é priorizada
Deu no Blog de Carlos Santos
- O juiz federal José Eduardo de Melo Vilar Filho, titular da 6ª Vara Federal, determinou adoção de medidas que solucionem, de forma definitiva, a problemática da fila de espera para as cirurgias ortopédicas de alta complexidade no Hospital Universitário Walter Cantídio e Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Caso os pacientes não sejam atendidos dentro de um prazo final de 36 meses, o juiz deve estabelecer a proibição de festas e shows promovidos pela União, Estado do Ceará e Município de Fortaleza.
De acordo com o juiz, a sentença inicial prevê, no caso de descumprimento da determinação, multa diária no valor de R$ 10 mil à União, ao Estado do Ceará e ao Município de Fortaleza. Decorridos 20 dias de descumprimento, estabelece proibição de veiculação de propagandas institucionais, até a adequação da fila.
Caso o descumprimento permanecer por 30 dias, a partir daí, será proibida a realização de festas e show.
“A espera imposta aos pacientes não lhes permite uma vida digna e saudável, na medida em que aqueles enfermos encontram-se, no mais das vezes, incapacitados para o trabalho e para as atividades cotidianas”, defendeu o juiz.
Veja mais detalhes e íntegra de decisão clicando AQUI.
Nota do Blog - Ainda temos juízes no Brasil. Amém.
A política do "pão e circo" tão difundida desde a antiguidade, continua prevalescendo, transformando a massa-gente em gado abolhado e inconsciente.
Virão aí as festas de final de ano, depois carnaval, festejos de padroeiros etc. E, ao mesmo tempo, a choradeira de governadores e prefeitos, reclamando da falta de recursos.
Dinheiro tem demais. Falta mesmo é priorizar o ser humano em suas necessidades básicas.
Roubem um pouco menos que já melhora 100%.
Postado por
Blog do José Rebouças
às
segunda-feira, novembro 29, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Saúde
domingo, 28 de novembro de 2010
No enredo do Rio, o protagonista é um sujeito oculto
Do Blog do Josias
Marcelo Jesus/UOL
Sempre que contrariado, o crime mostra a cara. A bandidagem migra dos subterrâneos para os refletores. Em São Paulo, o PCC. No Rio, o Comando Vermelho.
Atacam instalações policiais, promovem arrastões, incendeiam veículos, atiram a esmo, afrontam as forças do Estado.
Há uma semana, um desses surtos de visibilidade voluntária dos criminosos convulsiona a (a)normalidade carioca.
A novela se repete. Os criminosos deixam o núcleo de figurantes do mal, roubam a cena e viram estrelas no ‘Jornal Nacional’.
Conforme já realçado aqui em capítulos anteriores, sob o enredo de violência pulsa um personagem invisível, bem-nascido e narigudo.
O mercado da droga, base da criminalidade, se pauta pela lei da oferta e da procura, não pelas normas do Código Penal.
Nesse mercado, o principal produto levado pelos criminosos à gôndola é a cocaína. Coisa cara, acessível apenas aos melhores bolsos.
Pois bem. Se se vende cocaína no Brasil, é porque há quem a aspire. Se se vende muita cocaína, é porque há quem a sorva em grandes quantidades.
Neste sábado (27), começou a circular no Rio um adesivo mimoso: “I Love Rio” (o amor é representado por um coraçãozinho).
Os portadores da mensagem aplaudem a presença dos tanques das Forças Armadas na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.
Falam das quadrilhas de Elias Maluco e de Marcinho VP com ira inaudita. simultanemanete, erguem barricadas de silêncio em torno do sujeito oculto.
A elite carioca se une contra o tráfico do morro. Mas consome a cocaína que financia o armamento pesado da criminalidade.
O nariz invisível não está na favela. Ele empina suas narinas em ambientes mais sofisticados: coxias de shows, camarins de desfiles, redações de jornal...
Entre uma cafungada e outra, Armanis e Versaces, reunidos nas coberturas chiques da Zona Sul, se dizem chocados com a onda de violência.
A guerra ao narcotráfico rende imagens plásticas e boas manchetes. Mas será infrutífera enquanto os holofotes não iluminarem o sujeito oculto.
Visto como culpado inocente –ou inocente culpado—, o nariz que cheira nas grandes metrópoles é, em verdade, cúmplice da mão que segura a metralladora no morro.
Vencida a barreira da hipocrisia, pode-se encarar o problema a sério. A repressão é a parte mais óbvia da solução.
Um descalabro de décadas não se resolve do dia pra noite. Além de acionar os tanques, será preciso limpar a polícia e humanizar os presídios.
De resto, deve-se prover trabalho à mão de obra que serve ao tráfico e potencializar a estratégia que injeta Estado em comunidades dominadas pelo crime.
Tweet
Postado por
Blog do José Rebouças
às
domingo, novembro 28, 2010
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Segurança
Assinar:
Postagens (Atom)