O crescimento brasileiro, nos últimos anos está mais baseado em geração de renda do que em consumo, segundo ponderou a pesquisa A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada ontem.
Segundo o estudo, enquanto o Índice de Potencial de Consumo (IPC) dos brasileiros aumentou 22,6% entre 2003 e 2008, o Índice de Geração de Renda subiu 31,2%. Segundo o coordenador desta pesquisa, Marcelo Nery, isso indica que há uma certa sustentabilidade neste crescimento. "Está prosperando mais o lado trabalhador do que o lado consumidor. Com isso, as empresas devem estar contentes, pois as pessoas vão poder continuar comprando", disse Nery, que considera esse movimento sustentável.
O número de pessoas que passaram a compor a nova Classe Média (renda entre R$ 1.126 a R$ 4.854)chegou a 94,9 milhões de pessoas o que representa 49,1%da população, estimada em 193 milhões de brasileiros, de acordo com dados da última PNAD, relativa a 2009. Quase a metade.
Esta pesquisa mostrou ainda que de 2003 a 2009, um total de 29.063.545 subiram agora para a classe C, compondo uma nova classe média. Somente entre 2008 e 2009, período da crise financeira internacional, 3.172.653 pessoas subiram para a Classe C, "que já representa quase a metade da população e tem um grande poder político e econômico, pois detém o maior poder de compra da população", afirmou Marcelo Nery, nesta sexta-feira.
Com informações do Estadão
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