Nova fábrica impulsiona agronegócio
Lenilson Freitas
Da redação
Após sete anos sem investimentos importantes no setor de agronegócio, o Assentamento Eldourado dos Carajás II, antiga Fazenda Maisa, finalmente vai ganhar uma nova empresa naquela região. Com expectativas de criar nos próximos meses quase 100 postos de empregos diretos, o Grupo Rosatex (São Paulo) fez uma apresentação ontem à imprensa de toda estrutura que foi reformada para produção de sucos concentrados e polpas de frutas. Caju, acerola, maracujá, melancia, entre outros produtos voltam a ser comercializados.
O início da produção está previsto para recomeçar entre dez e quinze dias. "A princípio vamos ter 50 funcionários inicialmente, a maioria gente que já trabalhava na antiga fazenda. Vamos querer aumentar esse número até o final do ano, a quase 90 postos", explica um dos diretores do Grupo Rosatex, Luis Ribeiro, acrescentando que a empresa deve abastecer o mercado interno, mas essencialmente será voltada para exportação em estados vizinhos e para Europa. Em três anos, a nova fábrica pretende investir entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, para um faturamento em torno de R$ 200 milhões.
Luis Ribeiro ressalta que o trabalho da empresa será feito em conjunto com agricultores da Maisa e de assentamentos vizinhos. Ou seja, as associações de agricultores poderão vender a colheita através de um Termo de Compromisso, cujos valores serão negociados de acordo com necessidade de produção da fábrica.
Para o presidente do Sindicato da Lavoura de Mossoró, Francisco Gomes, os benefícios vão atingir não só o Município, mas principalmente as famílias que vivem no campo. "Eu vejo com grande expectativa porque vamos deixar de priorizar a venda para fornecedores de outros estados. Isso vai fortalecer a agricultura familiar, agregando emprego e renda a muitos trabalhadores da Maisa e região", comenta.
"Não vamos plantar. Mas sim absolver as frutas dos agricultores da região. O potencial daqui é bastante grande", complementa Luis Ribeiro. O empresário preferiu não especular sobre números exatos da capacidade de produção, que, segundo ele, pode variar de fruto para fruto. Mais adiantou que cerca de 70% das polpas e sucos serão de caju.
REFORMA AGRÁRIA
O juiz do trabalho da 2ª Vara de Mossoró, José Dario de Aguiar, que esteve na apresentação, também apontou que a reinauguração da fábrica culminará com o projeto piloto de assentamentos de reforma agrária a partir do governo Dilma Rousseff, a ser implantado às margens dos canais de transposição do Rio São Francisco. Para ele, a instalação da nova empresa mostra que os investimentos privados contribuem para produção também dos agricultores. "Trata-se de reforma agrária eficiente ao lado do agronegócio. A Fábrica é uma ponte de revolução entre Mossoró e região", acredita.
Com informações do Jornal de Fato
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