terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Vem à tona o motivo da má vontade da mídia com o governo Lula

Todos sabem que o governo federal é um dos maiores anunciantes do país.

O valor total gasto nos dois mandatos de Lula, até outubro deste ano, foi R$ 9,325 bilhões. Dá uma média anual de R$ 1,2 bilhão.

Essa cifra não inclui três itens importantes: custo de produção dos comerciais, publicidade legal (os balanços de empresas estatais) e patrocínio -dinheiro para financiar projetos esportivos e culturais, entre outros.

Produção e publicidade legal consomem cerca de R$ 200 milhões por ano. No caso de patrocínio, o governo gastou uma média anual de R$ 910 milhões de 2007 a 2009.

Tudo somado, Lula gasta R$ 2,310 bilhões por ano com propaganda. Os valores são semelhantes aos do governo FHC, embora inexistam estatísticas precisas à disposição.
 

Reportagem publicada hoje (28/12/2010) na Folha de São Paulo informa que em janeiro de 2003, quando Lula tomou posse, toda essa bolada era dividida por apenas 499 veículos de comunicação.

Diante da altíssima cifra e dos poucos veículos de comunicação, vemos que esses órgãos eram "financiados" pelo governo federal.

A mesma reportagem informa que hoje a publicidade do governo federal é distribuído por 8.094 veículos de comunicação. Um aumento de 1.522% em rádios, TV, jornais, revitas e blogs.

Só neste ano de 2010, 1.047 novos meios de comunicação passaram a receber recursos de publicidade federal. A reportagem destaca que 2010 foi um ano eleitoral, "esquecendo" que é mais fácil manter o controle sobre poucos órgãos, como se fazia antes.

Os órgãos de imprensa estão espalhados por 2.733 cidades, enquanto em 2003 eram só 182 municípios.

Na categoria "outros", que inclui portais de internet, blogs, comerciais em cinemas, carros de som, barcos e publicidade estática, como outdoors ou painéis em aeroportos, são 2.512. Em 2003, eram apenas 11.

A reportagem destaca, ainda, que o governo Lula da Silva avançou na transparência em relação ao governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, pois nunca existiu esse tipo de estatística até 2003. Ainda assim, há buracos negros no processo. Não se sabe quais são os veículos que recebem verba de publicidade estatal nem quanto cada um ganha.

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