sábado, 20 de novembro de 2010

Cristã condenada no Paquistão tenta evitar sentença de morte

Deu no UOL Notícias


Por Zeeshan Haider
ISLAMABAD (Reuters) - Uma cristã sentenciada à morte no Paquistão sob a acusação de blasfemar o Islã disse neste sábado que foi injustamente incriminada por vizinhos devido a uma briga pessoal e apelou ao presidente por perdão.
Asia Bibi, mãe de quarto filhos, é a primeira mulher sentenciada à morte com base em uma polêmica lei de blasfêmia no Paquistão, que grupos dos direitos humanos dizem ser frequentemente usada por extremistas ou pessoas comuns em rixas pessoais.
A agricultora, de 36 anos, foi presa pela polícia em junho deste ano e condenada por um tribunal, em 8 de novembro. Ela está presa desde então, com seu caso atraindo a atenção de imprensa internacional e apelos de grupos internacionais dos direitos humanos. De acordo com a imprensa paquistanesa, até o papa Bento 16 se envolveu.
"Eu disse à polícia que não cometi blasfêmia alguma e que essa é uma acusação infundada, mas eles não me escutam," afirmou Bibi a repórteres após um encontro com Salman Taseer, governador da província de Punjab, onde ela está detida.
"Eu tenho filhos pequenos. Fui injustamente sentenciada nesse caso falso," afirmou ela na prisão, coberta por uma manta que revelava apenas os seus olhos.
Taseer disse que vai apelar ao presidente Asif Ali Zardari, que tem o poder constitucional de perdoá-la.
"Oxalá o apelo dela seja aceito," afirmou Taseer, acrescentando que estudou o caso de Bibi e que ela não cometeu blasfêmia.
"Ela é uma cristã indefesa. Ela não pode ser defender legalmente, porque não tem recursos. Sentenciar minorias tão indefesas em casos desse tipo só ajuda a ridicularizar a Constituição do Paquistão," afirmou.

Dinheiro público para custear despesa de evento no Vaticano

Deu na Folha de São Paulo, coluna Poder

As despesas das solenidades em que d. Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida, receberá a investidura de cardeal do papa Bento 16, realizadas entre hoje e amanhã, no Vaticano, serão custeadas pelo Itamaraty. A conta inclui transporte, recepção e até mesmo as vestes cardinalícias.

Um político que pode fazer a diferença no Congresso Nacional: Pedro Taques

Senador eleito quer o fim do foro privilegiado
Procurador responsável por prender homens como o comendador Arcanjo, Hildebrando Paschoal e Jader Barbalho chega ao Senado disposto a transformar as autoridades em homens comuns perante a Justiça
MPDFT
Para Pedro Taques, foro privilegiado só deveria haver para o presidente da República

Ele esteve por trás da prisão do homem acusado de chefiar o crime organizado em Mato Grosso, o “comendador” João Arcanjo Ribeiro, dono de uma fortuna avaliada em R$ 2,4 bilhões. Também teve participação decisiva na prisão do ex-deputado Hildebrando Pascoal, condenado a mais de 100 anos de prisão por envolvimento com o crime organizado no Acre, e do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), acusado de desviar recursos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Nos últimos 15 anos, o procurador da República Pedro Taques se notabilizou por levar adiante investigações contra figuras poderosas e nebulosas. Agora, aos 42 anos de idade, o cuiabano não quer trabalhar apenas para que as leis sejam cumpridas. Quer participar da elaboração delas. Eleito em outubro com 708 mil votos, o pedetista chega ao Senado com um discurso duro de combate à corrupção e à impunidade, a começar por aquela que beneficia políticos acusados de práticas criminosas.
“Quantos deputados e senadores foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos 22 anos? Apenas três. Isso mostra que há um longo caminho a ser percorrido. Defendo mudança na lei, mas precisamos também de educação”, critica o senador eleito. “Por mais que as leis sejam boas, se o cidadão não tem educação formal, ele não vai conseguir ter a consciência de que ele é mais importante do que o próprio Estado”, acrescenta.
Uma das mudanças na legislação defendida por Pedro Taques é o fim do chamado foro privilegiado, ou seja, a prerrogativa que parlamentares e outras autoridades federais, como o presidente da República e ministros de Estado, têm de serem julgados criminalmente apenas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ofensa ao princípio republicano
“O foro privilegiado é uma distorção que existe no Brasil. Em países considerados civilizados, isso não existe como aqui. No Brasil, até vereador tem foro privilegiado pelas Constituições do Piauí e do Rio de Janeiro. Isso é um absurdo. Temos muitas autoridades com foro privilegiado, isso ofende o princípio republicano”, afirma.

O senador eleito antecipa ao Congresso em Foco que vai propor aos demais colegas que o foro privilegiado seja uma prerrogativa apenas do presidente da República. As outras autoridades teriam de se ver com a Justiça como qualquer cidadão. “Para presidente da República, em determinadas situações, é admissível, porque ele é chefe de Estado.”

Reforma política
“Existem alguns temas que são estruturantes e que merecerão maior reflexão na legislatura que se avizinha, como, por exemplo, a questão da reforma política. Dentro dela, a reforma eleitoral, o financiamento público de campanha, o voto distrital misto com lista unipessoal ou não. Precisamos discutir o novo papel do Legislativo. Nós temos no Brasil um presidencialismo quase imperial. O presidente manda, seja por meio do orçamento, seja pelas medidas provisórias. Mas a essência da democracia está no Parlamento”, defende.
O senador eleito defende uma reforma política que adote o chamado voto distrital – sistema pelo qual cada estado é dividido em número de distritos equivalente ao de cadeiras na Câmara – e instrumentos que permitam ao eleitor revogar o mandato do parlamentar que não estiver cumprindo os compromissos assumidos durante a campanha, uma espécie de “recall” de políticos. “O voto distrital aproxima o eleito do cidadão, faz com que a campanha seja mais barata, evitando a corrupção eleitoral”, avalia.

Contra a impunidade
Além da atualização do Código de Processo Penal, o ex-procurador da República defende punições mais severas para determinados tipos de crime e uma solução intermediária no lugar da simples redução da maioridade penal – temas que esperam pelo pedetista no Senado.
“Sendo um pouco reducionista, podemos dizer que alguns crimes ocorrem por causas sociais. Nesses casos, você tem de combater com políticas públicas que dêem oportunidade ao cidadão. Outros crimes não ocorrem por causas sociais, precisam de penas que possam dar tranquilidade ao cidadão de que ele não será vítima novamente do criminoso. Aí, sim, defendo penas mais severas”, explica.
Pedro Taques vê com preocupação a possibilidade de se reduzir a maioridade penal de maneira indiscriminada. “Se nós reduzirmos a maioridade penal em todos os casos para 16 anos, você vai fazer com que só o filho do mais humilde, do negro e do pobre seja responsabilizado, como aconteceu nos Estados Unidos com os hispânicos e os afrodescendentes. Não pode reduzir em todos os casos”, observa.
Apesar disso, ele vê necessidade de garantir ao juiz a possibilidade de aplicar outras penas além das previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Defendo que, em determinados casos, o juiz possa, diante das circunstâncias, aplicar uma pena diferente daquilo que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, uma solução intermediária, para crimes contra a liberdade sexual, homicídio, tráfico de drogas. O caso concreto que irá definir isso”, propõe.
No Ministério Público Federal desde 1995, Pedro Taques avalia que o órgão tem cumprido as atribuições delegadas pela Constituição e promete se opor, no Legislativo, a toda e qualquer tentativa de cerceamento ao trabalho dos procuradores. “É preciso manter a independência do Ministério Público. Não podemos aceitar que tentem coibir a atuação dos procuradores nem que aprovem leis que tentem calar a boca do MP, como a chamada Lei da Mordaça”, diz o ex-procurador.
O pecador e o pecado
No Senado, Pedro Taques poderá ser colega de um político que ajudou a prender: o ex-presidente do Senado Jader Barbalho (PMDB-PA). Barrado pela Lei da Ficha Limpa, Jader tenta a todo custo reverter sua situação, propondo nova eleição no Pará e outros artifícios. Jader foi preso em 2001, acusado de comandar um esquema bilionário de desvio de recursos da Sudam. “Não vejo nenhum constrangimento. Exerci meu papel constitucional como procurador, agora exercerei como senador. Não tenho nada pessoal contra ele. Não tenho nada contra o pecador, tenho contra o pecado”, sentencia.
Pedro Taques pediu exoneração do Ministério Público Federal em março deste ano para se filiar ao PDT e se candidatar ao Senado. Em sua primeira incursão eleitoral, desbancou políticos tradicionais do estado, como o deputado Carlos Abicalil (PT) e o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), terceiro e quarto colocados na disputa a senador. Com 24,48% dos votos, conquistou a segunda vaga do estado, ficando atrás apenas do ex-governador Blairo Maggi (PP).
Sem o apoio de nenhum dos presidenciáveis, Pedro Taques reclama também que teve dificuldade para financiar a campanha. “Tive dificuldade para arrecadar e rejeição de parcela da classe política. Mas isso é coisa de menos importância. O mais importante é que a sociedade entendeu que nossa proposta era viável”, considera.
O “comendador” e a motosserra
Formado em Direito pela Universidade de Taubaté (SP), foi no estado onde nasceu que ele conduziu o caso de maior projeção de sua carreira. Em 2003, foi um dos responsáveis pelo desencadeamento da Operação Arca de Noé, da Polícia Federal, que resultou na prisão do “comendador” João Arcanjo Ribeiro, que comandava a máfia dos caça-níqueis e o crime organizado em Mato Grosso. O título havia sido dado ao ex-policial pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
A operação apreendeu 2.303 imóveis, fazendas, um shopping center, três hotéis no Brasil e um nos Estados, um avião avaliado em US$ 6 milhões, 30 veículos, 105 bens móveis, entre jóias e barras de ouro, além de ativos financeiros estimados em R$ 38 milhões que pertenciam ao acusado, dono de uma fortuna calculada em R$ 2,4 bilhões. Arcanjo, também acusado de assassinar um jornalista, foi preso no Uruguai e extraditado para o Brasil.
Em dezembro daquele ano, foi condenado a 37 anos de prisão por formação de organização criminosa, crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Em 2007, foi transferido para a penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS), onde cumpre pena. A transferência se deu após se descobrir que ele continuava comandando o jogo do bicho de dentro da Penitenciária Central de Cuiabá.
Em 2005, Pedro Taques participou como voluntário do júri que condenou o ex-deputado acreano Hildebrando Pascoal, acusado de comandar um grupo de extermínio no estado. Ele foi condenado a mais de 80 anos de prisão dois homicídios, tráfico de drogas e crimes eleitorais e financeiros. Em dezembro do ano passado, o ex-deputado recebeu nova condenação - 18 anos de prisão em regime fechado - por matar e cortar, com uma motosserra, um mecânico, que testemunharia contra ele. O crime ocorreu em 1996, dois anos antes de Hildebrando ser eleito deputado federal.

Um político que pode fazer a diferença no Congresso Nacional: José Antonio Reguffe

 Rudolfo Lago
 Pelos quatro anos em que foi deputado distrital, Reguffe foi muitas vezes criticado por seus colegas pelo excesso de independência.






Na Câmara Legislativa do Distrito Federal, Reguffe era tratado por seus colegas como um corpo estranho. Eles embolsavam 15 salários por ano. Ele devolvia aos cofres públicos os dois salários a mais: ficava apenas com os 13 iguais ao de qualquer outro assalariado. Eles contratavam 23 assessores. Ele tinha só dez, e devolvia o restante da verba. Individualmente, pelos seus cálculos, será, ao final do mandato de deputado distrital este ano, responsável por uma economia de R$ 3 milhões em dinheiro público.

Os demais deputados distritais podem ter passado quatro anos torcendo o nariz para Reguffe. Mas o resultado dessa postura é que o economista e jornalista de 38 anos filiado ao PDT chega à Câmara como o deputado federal proporcionalmente mais votado do país. Reguffe recebeu nada menos que 266 mil votos. Passada a euforia da vitória, Reguffe, nesta entrevista ao Congresso em Foco, antecipa sua disposição de continuar sendo desagradável aos colegas, se isso significa a manutenção de práticas que a sociedade condena. Da mesma forma que fazia na Câmara Legislativa do DF, ele avisa que devolverá o 14º e o 15º salários pagos aos deputados federais. Se seus colegas de Brasília recebem auxílio-moradia e quota de passagens aéreas, ele antecipa que pensa sobre isso como a maioria das pessoas: é um absurdo e ele não usará.

Confira suas propostas em entrevista ao site CONGRESSO EM FOCO: 
1) O fim da reeleição para cargos executivos e a proibição de mais que uma reeleição para cargos legislativos.
2) Voto facultativo. Eu defendo o fim do voto obrigatório e a instituição do voto facultativo. O resultado prático do voto obrigatório no Brasil é a eleição do Tiririca. Ele não seria eleito com o voto facultativo. Quando você obriga as pessoas a votarem, elas não querendo votar, o resultado é o Tiririca. Além disso, o voto obrigatório dá margem para todo tipo de influência por parte do poder econômico. Ele faz com que o poder econômico deite e role.
3) Criação de um mecanismo de revogabilidade do mandato. Eu proponho que o candidato tenha que registrar na Justiça eleitor um documento com suas propostas e compromissos, com um cronograma para a implementação do que propõe. Uma vez eleito, qualquer eleitor tendo votado nele ou não pode entrar na Justiça e pedir o mandato de volta se ele não cumprir qualquer um daqueles compromissos.
4) Financiamento exclusivamente público de campanha. Mas a minha proposta é diferente da que está tramitando do Congresso. Porque se você der dinheiro na mão do político, na mão do candidato, vai ficar pior do que está. Vai ter gente sendo candidato só para ganhar dinheiro. Na minha proposta, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vão fazer uma licitação. A gráfica que ganhar vai imprimir o panfleto para todos os candidatos, no mesmo formato, no mesmo tamanho, igual quantidade para todos os candidatos. A produtora de TV que ganhar vai gravar o programa para todos os candidatos daquele cargo. A campanha vai ser chata, mas o candidato vai ter que ganhar no conteúdo, no gogó, e no convencimento.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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Comércios invadem calçadas e expõem pedestres a riscos de atropelamento

Menor acusado de matar taxista é apreendido tentando repassar droga para presidiários

Ontem à tarde, um adolescente de 17 anos, morador da Favela dos Pintos em Mossoró, foi detido  com maconha e celular na comunidade de Riacho Grande, tentando repassar o material para detentos do Complexo Penitenciário Agrícola Mário Negócio (CPAMN). O mototaxista Manoel Edécio Sabino, 53 anos, também residente na Favela dos Pintos, foi detido e levado para a Delegacia de Narcóticos (Denarc).
O adolescente detido com as drogas é o mesmo que está sendo acusado de ter matado com um tiro nas costas o taxista Martinho Francisco da Silva, 53 anos, em uma tentativa de assalto no mês passado, no bairro Costa e Silva.
Segundo informações do coronel Alvibá Alves, diretor do CPAMN, por volta das 13h, uma guarnição do presídio abordou o menor e o mototaxista nas proximidades do semiaberto e ao realizar uma vistoria nos acusados encontraram com o adolescente o material apreendido.
Havia com ele: oito tabletes grandes de maconha (aproximadamente 1kg), sete aparelhos celulares, seis carregadores, quatro fones de ouvidos, quatro chips, além de uma motocicleta Fan preta, de placa MYQ-7682/Mossoró, pertencente a Manoel Edécio.
"Nossos agentes já tinha informações de que frequentemente o garoto circulava nas proximidades do presídio e era responsável por abastecer os presos com drogas e celulares. Mais uma vez conseguimos nos antecipar aos elementos e evitar que o entorpecente chegasse ao presídio", explicou o diretor. Os acusados foram encaminhados à Delegacia de Narcóticos (Denarc), para os procedimentos de praxe.
O delegado Denis Carvalho repassou que foi feito o termo de apreensão para o menor, que assumiu ser o proprietário do material ilícito. "O Manoel Edécio prestou depoimento e disse não ter conhecimento das drogas que eram transportadas pelo adolescente. Ele é guarda municipal e a história contada que contou bateu direitinho com as informações que apuramos", explicou.
O mototaxista foi ouvido e liberado. O delegado solicitou da Promotoria a detenção do menor, que deve ser encaminhado à Delegacia Especializada no Atendimento ao Menor Infrator (DEA).

Com informações do Jornal O Mossoroense

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Segundo Ministério da Saúde, Mossoró corre risco de surto de dengue

Há risco de epidemia de dengue em quatro cidades do Rio Grande do Norte


É o que aponta o novo mapa de infestação do Aedes aegypti divulgado pelo Ministério da Saúde. Campanha nacional alerta sobre o risco de casos graves e mortes
Nova avaliação nacional das informações sobre infestação por larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, revela que 15 municípios estão em risco de surto da doença no Brasil, incluindo duas capitais. São 11 no Nordeste, três no Norte e um no Sudeste. Isso significa que, nessas cidades, mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentam larvas do Aedes aegypti. Outros 123 municípios, dos quais 11 capitais, estão em situação de alerta. Neles, entre 1% e 3,9% dos imóveis analisados registram infestação. E 162 cidades apresentam índice satisfatório, abaixo de 1%.

Dos nove municípios do Rio Grande do Norte previstos, seis já concluíram seus levantamentos e encaminharam os dados ao Ministério da Saúde. Há risco de epidemia de dengue em quatro cidades: Caicó, Ceará-Mirim, Mossoró e São Miguel. Apodi e Parnamirim estão em situação de alerta para a doença. Três municípios, inclusive Natal, ainda trabalham no levantamento.

Mais informações, clique aqui

Mensalão do DEM: Ministério Público vê códigos da máfia em ação do ex-chefe

O ex-procurador-geral Bandarra e Deborah Guerner usavam codinomes e títulos religiosos no esquema que incluía Arruda
Leandro Colon e Felipe Recondo, O Estado de S.Paulo

Seus nomes não são de famílias tradicionais italianas, eles não andam armados, não se valem da tortura ou de assassinatos para obter dinheiro ou vantagens indevidas. Mas os comportamentos de Leonardo Bandarra, que era o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, e da promotora Deborah Guerner, descritos em denúncia do Ministério Público Federal (MPF), fazem lembrar traços da máfia italiana.
Neste caso, quem deveria trabalhar pela aplicação da lei e por coibir a prática de crimes, valeu-se dos conhecimentos adquiridos como investigadores para despistar a Justiça.
Uma das primeiras decisões do grupo integrado por Bandarra e Guerner, para "aumentar o grau de segurança" do esquema, foi a escolha de codinomes para os parceiros. Leonardo Bandarra seria Fernando; Deborah Guerner, a Rapunzel; Durval Barbosa, delator de todo o esquema, era Gabriel; e o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, era Ricardo. Num segundo momento, conforme o esquema se desenvolvia, os codinomes foram aprimorados.
Os investigados se valeram de títulos religiosos para disfarçar suas atividades. Guerner seria a Missionária; Durval Barbosa, o Pastor; e a residência da promotora, onde as reuniões secretas do grupo ocorriam, era a Igreja. A religião parecia o assunto das mensagens trocadas entre Guerner e Durval Barbosa, a Missionária e o Pastor, respectivamente.
"Missionária, a bíblia foi, está completa. Foi entregue na sua casa hoje, ao meio, agora estou querendo as fervorosas orações. Não estou recebendo os livramentos", dizia Barbosa em mensagem enviada para o celular de Guerner em 30 de setembro de 2008.
"Tem algum trabalho bíblico que eu não esteja sabendo? Tem movimentação dos diáconos com medo dos castigos do Senhor. Busque a verdade pregada", conclamava em outra mensagem. Mas as mensagens que pareciam de um fiel atormentado na verdade tratavam, conforme o MP, do pagamento de propina a Bandarra pelo vazamento de informações sigilosas de investigações.
Com o novo batismo de cada um dos integrantes do grupo, outras providências meticulosas foram adotadas. Chefe do Ministério Público do DF, Bandarra era o mais cuidadoso. Para não ser reconhecido, ele ia de moto à casa de Deborah Guerner e só tirava o capacete quando já estava dentro da residência.
Assim, ninguém que passasse pela rua no momento de sua chegada saberia que aquele motoqueiro vestido com roupa de passeio era o chefe do MP do DF. Na saída das reuniões, adotava o mesmo procedimento. Antes da porta se abrir, colocava o capacete.

Livro contesta radicalmente os movimentos de liberação da mulher

da Livraria da Folha

Livro ensina aspectos fundamentais para toda mulher ser feliz
Livro ensina aspectos fundamentais para toda mulher ser feliz
A escritora norte-americana Carrie L. Lukas, engajada em movimentos conservadores, crítica em seu livro "Mulher sem Culpa", as conquistas femininas das últimas décadas.
A autora confronta o comportamento da mulher contemporânea. Para ela, na maioria das vezes, essa mulher se torna dura e assume a solidão, substituindo relacionamentos por sexo causal. "Desde quando sexo sem compromisso é sinônimo de mulher feliz ou satisfeita no relacionamento?", questiona a autora.
A obra se baseia em estudos sobre comportamento e defende uma conduta mais feminina e menos feminista, onde as mulheres se permitam receber gentilezas.
O livro não prega que as jovens tenham que abraçar a abstinência sexual, no entanto, aconselha que reconheçam as armadilhas do sexo casual que, muitas vezes, estão escondidas em nossa cultura saturada de sexo.
Segundo a autora, os pais devem assumir um papel na formação das atitudes e escolhas de seus filhos em relação ao sexo.
A autora expõe alguns mitos frequentes vendidos a jovens mulheres, abordando áreas de pesquisa que são tabus e, portanto, não são discutidas no mundo do "politicamente correto".
Leia trecho:
*
As causas das diferenças entre homens e mulheres
Pesquisas sugerem que o cérebro dos homens e o das mulheres são construídos de maneira diferente, o que pode ser uma das causas de certas características diferentes que associamos a homens e mulheres.5 Por exemplo, os hemisférios esquerdo e direito do cérebro masculino são ligados por um número menor de neurônios do que no cérebro feminino. Além disso, o cérebro dos homens tende a ser mais "compartimentalizado", enquanto o das mulheres se assemelha mais a uma "rede". Os pesquisadores conjeturam que essa pode ser a razão pela qual as mulheres são melhores em disciplinas verbais, enquanto os homens, tarefas espaciais.
Diferenças hormonais também têm sido apontadas como fatores que determinam as características comportamentais. Os pesquisadores estudaram meninas que, enquanto estavam no útero, foram expostas a altos níveis de testosterona - um hormônio encontrado tanto em meninas como em meninos, embora em níveis muito superiores no sexo masculino. Essas meninas exibiram muitos comportamentos normalmente associados a meninos, entre os quais maior agressividade, envolvimento em brincadeiras de luta e preferência por brinquedos mecânicos, como caminhões e materiais de construção, em vez de bonecas e trabalhos manuais - que seria a escolha típica das eninas. Outros estudos sobre mulheres adultas que apresentavam níveis mais altos de testosterona mostraram que essas mulheres exibiam mais características masculinas estereotipadas, como maior assertividade e foco na carreira, maior autorrespeito, maior interesse em sexo casual e habilidades espaciais superiores.
*
"Mulher sem Culpa"
Autora: Carrie L. Lukas
Editora: Gente
Páginas: 200
Quanto: R$ 29,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da "[Livraria da Folha]": "Mulher sem Culpa"

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O desafio dos tucanos

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

As eleições mal acabaram e são visíveis as feridas deixadas pela candidatura Serra no conjunto das oposições. Ela foi ruim para todas e, em especial, para seu partido. O PSDB foi afetado de várias maneiras.
Depois de uma derrota, é natural que os partidos levem tempo para se recuperar. Salvo, no entanto, quando são acachapantes, não é raro que elas os façam até crescer, ao revigorar o espírito de corpo de seus integrantes e fortalecer a militância. Vencer é bom, mas costuma conduzir ao comodismo e às brigas internas pelo poder. Perder, às vezes, lhes enrijece o ânimo.
Não é isso que estamos vendo na oposição. Pelo contrário, ela sai da eleição presidencial mais dividida, menos orgânica e mais enredada nos problemas que ela própria criou ao longo do ano.
Seria fácil atribuir ao ex-candidato a responsabilidade por tudo que aconteceu. Em parte, é correto cobrar dele o modo como se comportou, as escolhas de estratégia e tática, o discurso adotado. Afinal, com o centralismo e a indiferença à opinião de seus companheiros que caracterizaram a campanha Serra, só ele pode ser culpado por seus equívocos.
Mas de uma coisa não se pode incriminar José Serra: a opção por seu nome. Por mais que tivesse meios para influenciar seus correligionários, por mais que pudesse fazer com que um ou outro dos partidos da oposição o apoiassem, a decisão de torná-lo candidato não foi dele. Ou seja: o grande erro das oposições este ano foi da direção dos partidos e não seu.
Em retrospecto, é difícil entender porque houve tanta incompetência na condução do processo de escolha do nome que as oposições apresentariam.
Que Serra desejava a indicação era evidente, pois ele nunca escondeu que seu único propósito na vida (política) era chegar à Presidência. Daí, no entanto, nada deveria decorrer para o cálculo das oposições. Era no conjunto das forças oposicionistas, políticas e na sociedade, que as lideranças deveriam ter pensado, e não nas preferências e nos projetos pessoais do ex-governador. O fato de ele querer ser candidato (e ter amigos na imprensa que o defendiam) era apenas um argumento em seu favor, que não deveria ser conclusivo.
Não há lugar melhor para ver as sequelas da candidatura Serra que em São Paulo. Lá, a transição entre os governos Serra/Goldman e Alckmin acontece sob o signo de profundas discordâncias, parecidas com as que presenciamos quando os dois estavam em lugares inversos.
Quem semeia ventos, colhe tempestades. Quando assumiu o governo do estado em 2007, Serra foi tudo, menos elegante em relação a seu antecessor. Alckmin teve que ouvir, calado, as críticas de Serra à sua gestão, ainda que contasse com a aprovação de mais de 80% da opinião pública.
Agora, Alckmin devolve a fatura, na mesma moeda. O serrismo e os serristas estão indo embora e sendo substituídos por quem sempre esteve do lado do governador eleito. A turma e as ideias de Serra (que nunca contaram com respaldo popular comparável ao de Alckmin) tiveram vida curta.
Foi inútil a tentativa de atrair o futuro governador, dando-lhe, em 2009, um cargo simbólico (e secundário) no governo estadual. Embora os jornalistas tucanos achassem que Serra havia feito uma manobra de mestre, sua desconsideração não fora esquecida por Alckmin. Um dia, ele apresentaria a conta. É o que está fazendo.
Serra exibe essa mesma força desagregadora no plano nacional. Assim como não conseguiu unificar o PSDB paulista, sua atuação atrapalha a rearticulação nacional indispensável às oposições. Oferecer-se para dirigir o PSDB e se colocar como pré-candidato, desde já, à sucessão de Dilma, só serve para paralisar o partido, no momento em que precisa romper com o passado e (re)adquirir rosto contemporâneo.
Mas a pior sequela da candidatura Serra está em seus efeitos na sociedade. Ele e seus simpatizantes na grande imprensa estimularam um nível de animosidade e beligerância entre as pessoas que não cedeu depois da eleição, apesar dos gestos de conciliação da presidente eleita. A mão que ela estendeu permaneceu no ar, pois ele se recusou a aceitá-la.
Não é pequeno o trabalho que as novas lideranças da oposição têm pela frente. A primeira tarefa é acabar com a herança de Serra.

Informes da Fé Alto de São Manoel

1. RÉVELLION NO ACAMPAFÉ: Para todos os irmãos da igreja da Fé em toda sua extensão. Será no, dia 31/12 Sexta feira até o almoço de sábado, 01/01/2011. Valor de R$. 10,00 (dez reais) para pessoas a partir de 10 anos, serão três refeições (Churrasco sexta-feira, café da manhã e almoço do Sábado). Cada extensão é responsável pelo transporte dos irmãos. Haverá inscrições prévias.
2. CONFRATERNIZAÇÃO DOS CASAIS DA IBRFÉ: Será dia 04/12 a partir de 20h00min. O Jantar custará 20,00 pro casal. Pagar até 28/12 (domingo) Portanto, todas as pessoas casadas da Igreja da Fé, procurem Luzia (8202-8481) ou Herocilma ( 8871-4134) Tema: “Uma vida de Louvor e gratidão faz a Diferença”.
3. MINISTÉRIO FEMININO IBRFÉ-ALTO DA CONCEIÇÃO: Convida todas as mulheres e moças da Igreja da Fé para um momento de adoração, aprendizado e comunhão. Na III conferencia feminina. Tema: “A dama, seu amado e seu senhor”, dias 03,04 de Dezembro. Oradoras: Riany e Wilma.
4. ÁGAPE ESPECIAL: Dia 26 (Domingo) de Dezembro a Ibrfé-São Manoel promoverá seu ultimo ágape 2010. Neste dia todos os irmãos trazem suas refeições especiais e a administração dá os refrigerantes. Tem sido um ano difícil, quanto mais tempo ficarmos juntos, melhor estaremos. Neste domingo a tarde,15h: 30min teremos Batismo no Sementes
5. ATENÇÃO JOVEM E ADOLESCENTE: A TEIA - DA AMIZADE é pra valer. Cada jovem e adolescente sabe o que deve fazer e deve fazer. Nada de atividade paralela, nada de desculpas. Quero ver cada jovem/adolescente da FÉ interessados em noutros e bem motivados. Junte-se á igreja e a equipe do ministério.
6. JORNAL DA FÉ: Equipe pronta e já trabalhando. Foram divididas as tarefas, por favor, nos ajudem. Esta edição histórica contará “Nossa história”. Portanto faça sua parte dê informações, fotos e fatos que você gostaria de ter registrado, talvez só você tenha. Eu, Pr. Rinaldo preciso rever algumas estatísticas nos boletins da Fé. Se você tem todos, deixe-me ver. Eu devolvo
7. MINISTÉRIOS 2011: A relação no mural será retirada no final de Novembro. Portanto apresse-se. Lembrando que as equipes formadas agora EM 2010 servirá até 2014 com a execução total do projeto expansão Ibrfé - RUMO 2014. Teremos uma reunião com toda a liderança voluntária da Igreja da Fé dia 09 de Janeiro, iniciando com um café da manhã e almoçando juntos. “Eu vou até o fim”. Não fique fora dessa!
8. FIDELIZAÇÃO: A equipe permanente de fidelização é crescente, isto é, você pode fazer parte. A equipe fez uma conscientização nos últimos dias. Aguardamos os resultados. Isto é, que cada crente seja mais comprometido com esta causa. A Ibrfé- A “Igreja que vai longe”

O gol perdido do século

Comentarista da RBS: "hoje qualquer miserável tem um carro"

Servidores do Judiciário Federal iniciam greve em 7 Estados

DE SÃO PAULO

Na tentativa de forçar o governo a retomar a discussão do plano de cargos e salários do Judiciário Federal, os servidores da Justiça e do Ministério Público da União deram início nesta quarta-feira a uma série de paralisações em todo o país.
Entre elas estão greves por tempo indeterminado em ao menos sete estados, informa Fernando Gallo, repórter de Poder da Folha. Um dos objetivos da paralisação é tentar forçar uma reunião entre o presidente do STF, Cézar Peluso, e Lula para que as negociações sejam destravadas.
"Em junho deste ano, os presidentes dos dois poderes concordaram em voltar a tratar do assunto após as eleições", diz Gallo.
Este é o 4º plano que a categoria discute. O primeiro ocorreu em 96, o último em 2006. Os servidores do Judiciário Federal estão sem aumento desde dezembro de 2008.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Piano na escada

Muito legal!

A ação, feita em conjunto pela agência de publicidade DDB e pela
Volkswagen, foi implantada em um metrô de Estocolmo, na Suécia.
Imagine que você está descendo as escadas do metrô, como faz
habitualmente todos os dias, e começa a ouvir sons de piano, tocados
em ritmo que vai de acordo com os seu passos. Essa foi a proposta da
agência de publicidade DDB em uma parceria com a Volkswagen.
 
As duas empresas se reuniram para criarem um experimento chamado, Fun
Theory (algo como "teoria divertida", em inglês), uma tentativa bem
ambiciosa de tentar mudar os hábitos sedentários dos moradores da
capital da Suécia, Estocolmo.
 
Para isso, transformaram as escadas de uma estação de metrô em um
piano, o que aumentou surpreendentemente o uso das escadas em 66%. O
resultado você confere no vídeo.
 
Muito criativo!
(E a criatividade pode ser transcendente!)



China constroi hotel de 15 andares em 48 horas

A elite branca desabafa, por Marcelo Adnet

John Piper - O que É um Cristão?

John Piper - Uma Vida Voltada para DeusO que É um Cristão?

por John Piper

O que significa ser um cristão? Charles Hodge, um dos grandes teólogos reformados do século XIX, achou a resposta neste texto: “É ser constrangido por um senso do amor de nosso divino Senhor, de tal modo que Lhe consagramos nossa vida”.

Ser um cristão não significa apenas crer, de coração, que Cristo morreu por nós. Significa “ser constrangido” pelo amor demonstrado nesse ato. A verdade nos pressiona. Ela força e se apropria; impele e controla. A verdade nos cerca, não nos deixando fugir. Ela nos prende em gozo.

Como a verdade faz isso? Paulo disse que o amor de Cristo o constrangia por causa de um julgamento que ele fazia a respeito da morte: “Julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram”. Paulo se tornou cristão não somente por meio da decisão com base no fato de que Cristo morreu pelos pecadores, mas também por meio do sábio discernimento de que a morte de Cristo foi também a morte de todos aqueles em favor dos quais Ele morreu.

Em outras palavras, tornar-se um cristão é chegar a crer não somente que Cristo morreu por seu povo, mas também que todo o seu povo morreu quando Ele morreu. Tornar-se um cristão é, primeiramente, fazer esta pergunta: estou convencido de que Cristo morreu por mim e de que eu morri nEle? Estou pronto a morrer, a fim de viver no poder do amor dEle e para a demonstração da sua glória. Em segundo lugar, tornar-se um cristão significa responder sim, de coração.

O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte dEle — nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados (“constrangidos”) pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.

Um cristão é uma pessoa que vive sob o constrangimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor — passado, presente, futuro.

Entretanto, esse constrangimento surge de um juízo que fazemos sobre a morte de Cristo: “Quando Ele morreu, eu morri”. É um julgamento profundo. “Assim como o pecado de Adão foi, legal e eficazmente, o pecado de toda a raça, assim também a morte de Cristo foi, legal e eficazmente, a morte de seu povo.” Visto que nossa morte já aconteceu, não temos mais condenação (Rm 8.1-3). Isto é a essência do amor de Cristo por nós. Por meio de sua morte imerecida, Cristo morreu nossa morte bem merecida e abriu o seu futuro como o nosso futuro.

Portanto, o juízo que fazemos sobre a sua morte resulta em sermos constrangidos pelo amor dEle. Veja como Charles Hodge expressou isso: “Um cristão é alguém que reconhece a Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, como Deus manifestado em carne, que nos amou e morreu por nossa redenção. É também uma pessoa afetada por um senso do amor deste Deus encarnado, a ponto de ser constrangida a fazer da vontade de Cristo a norma de sua obediência e da glória de Cristo o grande alvo em favor do qual ela vive”.

Como não viver por Aquele que morreu nossa morte, para que vivamos por sua vida? Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo.



Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.

Copyright: © Editora FIEL

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Impacto de 2 parcelas do PCS em 2011 é de apenas 10% da folha, revela estudo

Por Hélcio Duarte Filho Os índices divulgados pelo ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, para dizer que o PCS do Judiciário é “um delírio” não sobrevivem a uma análise mais detalhada dos números. Estudo do Departamento Econômico do Sintrajud, divulgado nesta quinta-feira (11) de protestos da categoria, mostra que a aplicação de duas parcelas da tabela salarial em 2011, das quatro previstas pelo STF, teria impacto na folha de pagamento do Judiciário Federal de apenas 10,12%, bem distante dos 56% alardeados por Bernardo, ministro do presidente Lula cotado para permanecer no governo Dilma.

A divisão do PCS em quatro parcelas semestrais vinha sendo defendida nos últimos meses pelo Supremo Tribunal Federal. Mas mesmo que o projeto entre em vigor de forma integral em 2011, o impacto não passaria de 26,98% sobre o orçamento para pessoal de 2010, percentual que não chega à metade dos 56% divulgados pelo Planejamento.

Isto ocorre porque o reajuste não é linear, não incide do mesmo modo para todos e nem sobre toda a remuneração. Existem itens dos contracheques que não são corrigidos. “Esse aumento é apenas a tabela da carreira efetiva: o vencimento básico e a GAJ, além de algumas parcelas derivadas com pouco peso nos custos orçamentários, como a GAE e a GAS”, explica o economista Washington Luiz Moura Lima, autor do estudo e coordenador do departamento econômico do Sintrajud. Para os demais itens da remuneração, não há previsão de aumento. É o caso das funções comissionadas (FC), cargos em comissão (CJ) e a maior parte das vantagens pessoais nominalmente incorporadas (VPNI) - itens que, segundo ele, têm enorme peso na folha salarial.

Parcelado, folha de 2012 fica relativamente menor

Para chegar a essas conclusões, o economista usou números oficiais – no caso, a estimativa de custo bruto do próprio projeto (R$ 6,3 bilhões) e o orçamento de pessoal e encargos autorizado para o Judiciário Federal em 2010 (R$ 23,5 bilhões). O orçamento inclui o pagamento de juízes, mantido devido à inexistência de dados disponíveis para excluí-lo. Mas ele ressalva que é pequeno o número de magistrados em comparação ao de servidores e o impacto não teria peso para mudar substancialmente a análise.

A análise prevê uma despesa bruta de R$ 2,3 bilhões com as duas primeiras parcelas de janeiro e de julho de 2011. Valor que corresponde a um aumento de exatos 10,12% sobre os R$ 23,5 bilhões das despesas com pessoal. O economista preferiu usar os custos brutos do projeto, para que não haja dúvidas quanto aos resultados – o cálculo do custo líquido, descontado o que retorna aos cofres do governo por conta da Previdência e do Imposto de Renda, faz o valor do PL 6613/2009 despencar à metade (cerca de R$ 3,3 bilhões).

O estudo derruba outro ‘argumento’ propagandeado pelo governo para atacar o PCS-4: o ‘absurdo’ do tamanho do reajuste para uma inflação anual de 5%. Ocorre que os 26,98% de impacto na folha – que representam o índice real de reajuste bruto nos contracheques – estão muito próximos dos 23,61% da inflação acumulada de junho de 2006 para cá, com base no ICV (Índice do Custo de Vida, do Dieese). “Praticamente um quarto da remuneração dos servidores já foi comida pela inflação”, frisa Washington, referindo-se ao período que separa os dias atuais da última lei de reajuste aprovada, o PCS-3, de 2006.

Mas a nova revisão do plano de cargos mostra-se incapaz até de repor as perdas inflacionárias quando se projeta o eventual parcelamento em dois anos. Trabalhando-se com uma estimativa para inflação de 0,5% ao mês, o acumulado de junho de 2006 a dezembro de 2012 tende a atingir 39,33%, percentual um terço superior aos 26% de aumento da folha. “Hipoteticamente considerando que o Judiciário detenha uma mínima fatia das receitas do governo, na prática esses dados demonstram que mesmo sendo aprovado o PCS-4, a proporção comprometida entre as receitas e os gastos com as remunerações no Judiciário terá uma boa redução”, explica o economista. Em outras palavras, na prática a União gastará menos do que gasta hoje com os salários dos servidores do Poder Judiciário Federal.

Fonte: Sintrajud

Cezar Peluso aceita diluir reajuste em três anos

O diretor-geral do Supremo Tribunal Federal, Alcides Diniz, contrariou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sobre o reajuste de 56% ao Judiciário pedido pelo presidente do STF, ministro Cezar Peluso. Diniz afirmou nesta quinta-feira (11/11) que "não há delírio algum" na proposta de reajuste do Judiciário da União em 56%.

Segundo ele, a implantação deve impactar em R$ 6,7 bilhões o erário público, atingindo 107 mil servidores, incluindo os aposentados, inativos e pensionistas. Nesta semana, Paulo Bernardo disse que falar em um aumento de 50% com uma inflação de 5% é "meio delirante".

Diniz também afirmou que entende a posição do ministro do Planejamento. "Ele é gestor, tem que ficar em posição de defesa. Ele está cumprindo seu dever e nós o nosso. Se algo não for feito, o Judiciário vai entrar em colapso." Ele afirmou que a expectativa é que a negociação com a presidenta eleita Dilma Rousseff ocorra ainda este ano.

Segundo Diniz, o aumento não é destinado à recomposição de perdas inflacionárias, e sim para manter em seus quadros os funcionários que preferem migrar para outras carreiras em busca de melhores salários. "Hoje, o Judiciário não consegue manter seus quadros de pessoal em função da defasagem da remuneração, que está muito aquém de outras carreiras públicas no Executivo, no Legislativo e no Tribunal de Contas da União."

O diretor explicou que o aumento está 20% abaixo dos valores nos demais poderes. "Se fôssemos equiparar, o impacto seria de R$ 10 bilhões, mas preferimos colocar para menos para ficar dentro do limite prudencial proposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal."

Ele lembrou que desde 2009 foram revisadas várias carreiras de servidores públicos. No Senado Federal, por exemplo, uma lei aprovada este ano reajustou os salários em 46%, em uma única parcela. Já o último reajuste dos servidores do Judiciário, de cerca de 50%, foi concedido em 2006 e foi pago em seis parcelas semestrais. Mesmo assim, segundo Diniz, o presidente Cezar Peluso admite negociar o ajuste em seis parcelas semestrais.

Para exemplificar a falta de interesse para compor os quadros do Judiciário devido aos baixos salários, Diniz afirmou que no último concurso feito para suprir vagas no STF, havia 44 vagas para técnico judiciário da área administrativa e 201 pessoas já foram chamadas. "Isso sem falar na alta rotatividade do pessoal qualificado, que está na faixa dos 25%. Isso acaba resultando em um atraso na prestação jurisdicional."

Fonte: Conjur

Supremo entrega estudo técnico ao presidente da CFT

O secretário de recursos humanos do Supremo, Amarildo Vieira, entregou ontem, 11, ao presidente da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara, deputado Pepe Vargas, estudo técnico comprovando que o aumento previsto no PL 6613/2009, em sua origem, terá um impacto inferior do alardeado pelo Governo e pela imprensa.

Em conversa com o assessor parlamentar da ANAJUSTRA, Roberto Bucar, hoje, 12, o secretário reforçou a intenção do STF em defender e aprovar o projeto em sua íntegra. “O STF está envidando todos os esforços e articulando a aprovação do plano no Executivo e Legislativo. O documento entregue ao deputado é mais uma arma a favor do PCS do Judiciário”, destacou Bucar.

De acordo com os cálculos do STF, o impacto nas contas públicas será de R$ 6,36 bilhões, valor que deve ser parcelado em quatro ou até seis parcelas semestrais. O estudo mostra ainda que o aumento pedido está 20% abaixo dos valores nos demais poderes, como ressaltou o diretor-geral do Supremo, Alcides Diniz, em entrevista à imprensa.

"Se fôssemos equiparar, o impacto seria de R$ 10 bilhões, mas preferimos colocar para menos para ficar dentro do limite prudencial proposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal", disse Alcides.

Números
Os dados apresentados pelo STF ontem revelam que o salário final de um analista judiciário (R$ 10.436,11) é o menor entre carreiras semelhantes de outros poderes, como do analista legislativo do Senado, em que a remuneração final chega a R$ 23.721. O maior salário final entre os três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) é de consultor legislativo do Senado, que chega a R$ 27.567,64, de acordo com as informações repassadas pelo STF.

O último reajuste de salário aos servidores do Judiciário foi de cerca de 50%, em 2006, dividido em seis parcelas semestrais.

Após 8 anos, irmãos de Lula mantêm vida modesta

Deu na Folha de S. Paulo
Parentes moram em periferias, andam de ônibus e têm saúde frágil
Indiciado em operação da PF, Vavá diz que foi desmoralizado; Frei Chico espera o fim do assédio à família Silva
Fabio Victor
Vavá tinha 108 canários do reino, hoje não resta nenhum. O motivo: os ratos de telhado que invadiam o viveiro do seu sobrado na periferia de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo.
A casa simples onde mora Vavá, ou Genival Inácio da Silva, irmão do presidente Lula, é a mesma há 36 anos.
Às vésperas do segundo turno da eleição, ele conversou por uma hora com a Folha. De início, gritou para a mulher, que atendeu o portão, que não queria papo. Mas logo cedeu e convidou a reportagem a entrar.
Primeiro falou na apertada sala (5 m2), decorada com móveis tipo Casas Bahia, azulejo barato, uma TV grande e três quadros: uma foto oficial do presidente (com o autógrafo "Para o meu querido irmão Vavá, um abraço do Lula"); um retrato em preto e branco da mãe, dona Lindu, e um quadro bordado de uma mulher-anjo.
Depois, no terraço do primeiro andar nos fundos da casa, onde havia a criação, contou que os ratos arruinaram os canários e ele foi forçado a dar os que restaram.
Personagem do noticiário em 2007, quando foi indiciado pela Polícia Federal por tráfico de influência e exploração de prestígio na Operação Xeque-Mate (que investigou máfia de caça-níqueis), Vavá foi excluído da denúncia do Ministério Público.
"Os caras pensam que a gente é milionário. Quebraram a cara. Desmoralizam você, te jogam no lixo. Se não tiver cabeça, acabou."
Aposentado como supervisor de transporte da Prefeitura de São Bernardo, pouco sai de casa. Ainda se ressente de seis cirurgias nos últimos anos (no fêmur e na coluna).
A poucos dias de Lula deixar a Presidência, após oito anos no cargo, os seus seis irmãos vivos moram em situação semelhante à de Vavá, alguns com maior dureza.
O primogênito, Jaime, 73, vive numa periferia pobre de São Bernardo, acorda diariamente às 4h30 e vai de ônibus para o trabalho, numa metalúrgica na Vila das Mercês, zona sul de São Paulo.
Marinete, 72, a mais velha das mulheres, que foi doméstica na juventude e hoje não trabalha, é vizinha de Vavá.
Quando a Folha o entrevistava, ela surgiu no terraço dos fundos do seu sobrado, colado ao dele, para checar um contratempo. "Não tem água. Acabou a água da rua e estou sem água", queixou-se. "Marinete do céu, nenhuma das duas [da rua ou da caixa]?", questionou Vavá.
O fotógrafo da Folha subiu no muro para checar o registro da caixa d'água. "Ó o sujeito... Ah, você não vai subir, não. Filhinho de papai, não sabe subir em muro", gracejou Marinete.
Vavá, 71, é o terceiro. É seguido por Frei Chico (José Ferreira da Silva), 68, o responsável por introduzir Lula no sindicalismo. Metalúrgico aposentado, Frei Chico recebe ainda uma indenização mensal de R$ 4.000 por ter sido preso e torturado na ditadura. Presta assessoria sindical e mora em São Caetano.
Maria, a Baixinha, 67, e Tiana (cujo nome de batismo é Ruth), 60, a caçula -Lula, 65, está entre as duas-, completam a família. A primeira vive no mesmo bairro que Vavá e Marinete e não trabalha; Tiana, merendeira numa escola pública, mora na zona leste de São Paulo.
Esses são os sobreviventes dos 11 filhos de dona Lindu com o pai de Lula, Aristides -que teve vários outros filhos com outras mulheres.
SAÚDE
Todos os irmãos do presidente Lula têm problemas de saúde. Jaime e Maria enfrentam cânceres. Frei Chico é cardíaco. Vavá tem complicações ósseas. Marinete está com uma doença grave que os irmãos não revelam.
"Só tem o Lula bom ainda", afirma Frei Chico.
Os parentes dizem não receber auxílio financeiro do presidente e não se queixam disso. "Ele não foi eleito presidente para ajudar a família. Seria ridículo se desse dinheiro", declara Vavá.
"Não tem o que dizer. O Lula tem a vida dele, temos a nossa. Ainda posso trabalhar, trabalho", diz Jaime.
Frei Chico conta estar aliviado com o fim do mandato de Lula na Presidência. Ele acredita que vai cessar o assédio aos irmãos em busca de atalhos até o Planalto.
"Para nós, só tem a melhorar. Vamos ficar mais tranquilos em relação à paparicagem, É muita gente enchendo o saco, gente que achava que a gente podia fazer alguma coisa", afirma.
Os irmãos não têm ilusão de que, ao deixar Brasília, Lula seja assíduo nas reuniões familiares. "Estamos envelhecendo, a família vai chegando ao fim e assumem os filhos e sobrinhos, a família lateral", diz Vavá.
O consolo é pensar que o irmão famoso estará mais perto. "Ele disse que não vê a hora de voltar (para São Bernardo) para descansar um pouco. Ele está muito cansado. O Lula tem trabalhado muito", afirma Marinete.