Começa a ganhar corpo em Brasília a informação de que o Supremo Tribunal  Federal (STF) pode derrubar a lei do ficha limpa recentemente aprovada  pelo Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dos  dez juízes em exercício no STF, já que Eros Grau pediu aposentadoria e  jnão está mais na corte, apenas quatro defendem abertamente a proibição  de candidaturas de quem está em dívida com a Justiça - Ricardo  Lewandowski (também presidente do Tribunal Superior Eleitoral), Carmen  Lúcia, Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Brito.
Desses quatro, no  entanto, Joaquim Barbosa está de licença médica e certamente não  participará de uma provável votação sobre o tema.
Os outros seis  ministros do STF - o presidente César Peluso, Gilmar Mendes, Celso de  Mello, Ellen Gracie, Antonio Dias Toffoli e Marco Aurélio Mello - não  tornaram públicas suas posições, mas privadamente têm revelado que  tendem a declarar a inconstitucionalidade da lei do ficha limpa. O que  mais pesa, e que deve ser levado em conta pelos ministros, é o princípio  da presenção de inocência. Em abril do ano passado, por exemplo, o  decano do tribunal, Celso de Mello, foi o relator de uma ação pedindo a  proibição do registro de candidatos enrolados na Justiça e votou contra.  Em seu voto, ele registrou: "Não podemos desconhecer que o sistema  constitucional brasileiro, além de não admitir condenações judiciais com  base em prova nenhuma, também não legitima nem tolera decretos  condenatórios apoiados em elementos de informação unilateralmente  produzidos pelos órgãos de repressão penal e ou por autores de ações  civis de improbidade administrativa".
Portanto...
Portanto,  minha gente, é bem possívelo - e provável - que o Congresso e os  governos estaduais de 2011 em diante estejam repletos de fichas sujas.
Luis Fausto - Portal nominuto.com
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