quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Fumar causa danos imediatos, mesmo em pequenas quantidades


Por Maggie Fox
WASHINGTON (Reuters) - Fumar causa danos imediatos aos pulmões e ao DNA, mesmo em pequenas quantidades, e isso vale também para o fumo passivo, disseram autoridades federais dos Estados Unidos em um relatório divulgado na quinta-feira.
O texto da cirurgiã-geral Regina Benjamin recomenda impostos, proibições e tratamento para estimular as pessoas a pararem de fumar.
"As substâncias químicas na fumaça do tabaco atingem os seus pulmões rapidamente toda vez que você traga, causando dano imediatamente", disse ela em nota. "Tragar mínimas quantidades de fumaça de tabaco pode danificar o seu DNA, o que pode causar câncer."
O relatório diz que as empresas do setor desenvolvem cigarros e outros produtos com tabaco deliberadamente para causar dependência, e que produtos que sejam mostrados na publicidade como menos nocivos na verdade são tão perigosos e viciantes quanto cigarros comuns.
Benjamin disse que um terço das pessoas que provam cigarros algum dia se tornam fumantes regulares, e a secretária de Saúde, Kathleen Sebelius, afirmou que o combate ao tabagismo continuará sendo uma prioridade do governo de Barack Obama.
Ela listou medidas nesse sentido adotadas pelo atual governo, como a cobertura da síndrome de abstinência de tabaco pelos planos de saúde, e a proibição de cigarros com sabores. Em novembro, foram adotadas novas imagens nos alertas dos maços de cigarro.
Mas houve alguns reveses. Nesta semana, um tribunal decidiu que as autoridades federais podem regulamentar "cigarros eletrônicos" - produtos com pilhas, que produzem vapor de nicotina - como produtos de tabaco, e não como drogas, o que significa que sua importação não poderá ser proibida.
O novo relatório diz que o cigarro mata 443 mil pessoas por ano nos EUA - uma em cada cinco mortes.
De 1998 a 2008, a população fumante dos EUA caiu de 24,1 para 20,6 por cento, mas nos últimos anos o índice tem se mantido.
"O ônus econômico do uso de cigarros inclui mais de 193 bilhões de dólares anuais em custos com saúde e perda de produtividade", disse Sebelius.

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